Moradores de rua são vítimas da cultura de exclusão, diz missionário
A morte de cinco pessoas nas ruas de São Paulo despertou preocupação com a falta de acolhida a esse público Rovena Rosa/Agência Brasil A morte de cinco moradores de rua em São Paulo nos últimos cinco dias, possivelmente em razão do frio, desperta preocupação com a falta de acolhida a essa público. Para o missionário Simone Bernardi, responsável pelo Abrigo Arsenal da Esperança, a questão é resultado da cultura de exclusão, reflexo da sociedade atual. “Estamos numa sociedade que não quer acolher ninguém. Quer tirar o problema e colocá-lo embaixo do tapete. Nós, muitas vezes, somos o tapete”, declarou Simone. O Arsenal da Esperança existe há 20 anos e recebe diariamente 1,2 mil pessoas. São 1150 vagas fixas e 50 rotativas, além de 50 vagas emergenciais durante o inverno. Os recursos, segundo ele, vêm da prefeitura, que contribui com 60%. O restante chega em forma de doações. A casa, uma antiga hospedaria de imigrantes na zona leste, na Rua Doutor Almeida Lima, 900,