Testemunha: vereador e miliciano estão envolvidos em morte de Marielle

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Assunto tratado em reuniões dizia respeito aos prejuízos causados pelo combate da vereadora ao avanço de grupos paramilitares em comunidades
Ameaçada pela milícia da Zona Oeste do Rio, uma testemunha chave faz revelações importantes à polícia sobre o assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL) e de seu motorista, Anderson Gomes.

Em três depoimentos, obtidos com exclusividade pelo Globo, ela relatou reuniões entre um miliciano, que atualmente está preso em Bangu 9, e um político do Rio de Janeiro. O encontro seria entre o vereador Marcello Siciliano, do PHS, e o ex-PM Orlando Oliveira de Araújo.

O assunto tratado nestes encontros tratavam dos prejuízos causados pela luta da vereadora contra o avanço de grupos paramilitares em comunidades de Jacarepaguá, que tiveram início ainda no ano passado.

A testemunha ainda afirma que, além do político e do chefe da milícia, também foram mencionados os nomes de outros integrantes do bando, que teriam participado da execução. Segundo o ex-PM, Siciliano falou alto: “Tem que ver a situação da Marielle. A mulher está me atrapalhando", as informações são do Jornal Nacional desta terça (8).

A testemunha afirma ainda que a desavença entre o vereador e Marielle foi motivada pela expansão das ações comunitárias dela na Zona Oeste, em áreas de interesse da milícia. A vereadora do PSOL teria começado a apoiar os moradores da Cidade de Deus, comprando a briga com Siciliano e o ex-PM, que têm uma parte do seu reduto eleitoral na região.

De acordo com a testemunha, foi Orlando Oliveira de Araújo que deu a ordem de matar Marielle, de dentro da cadeia, um mês antes da execução.
Por-Noticias ao minuto


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