Pai de menino estuprado e morto por pastor: 'cadeia é pouco'
© Reprodução / Facebook Kauã Salles Butkovsky, de 6 anos, e o irmão Joaquim Salles Alves, de 3, foram mortos carbonizados |
O pai do menino Kauã Salles Butkovsky, de 6 anos, morto carbonizado após um estupro em Linhares, no Espírito Santo, falou que quer justiça.
“Toda a revolta e sofrimento que a sociedade está passando é o mesmo que tem no meu coração. Toda cadeia é pouca para esse verme”, afirmou Rainy Butkovsky.
A criança, junto com o irmão Joaquim Salles Alves, de 3 anos, morreram em um incêndio no dia 21 de abril. O inquérito policial aponta que o pastor George Alves, pai de Joaquim e padrasto de Kauã, estuprou as crianças antes de matá-las, noticia o G1.
O religioso havia dito à imprensa que eles morreram em um incêndio que atingiu apenas o quarto onde as vítimas dormiam. A polícia, no entanto, acredita que a versão do pastor não estava de acordo com os fatos apurados durante as investigações.
“Essa jornada de mais de 30 dias, a família está sofrendo bastante a cada dia. A gente estava esperando a resolução do caso para saber o que realmente estava acontecendo. Esses dois últimos dias [depois do resultado do inquérito] foram os mais difíceis”, disse o pai de Kauã.
“ Eu recebi a notícia de que esse verme cometeu tamanha brutalidade com essas duas crianças, tem me feito sofrer muito, tem feito a sociedade sofrer muito. Toda a revolta e sofrimento que a sociedade está passando é o mesmo que tem no meu coração”, completou Rainy.
“Só tenho lembranças boas com ele. Vou guardar ele como um anjo, ele e Joaquim, dois anjos. Eu sei que eles estão olhando para mim agora, guiando meus passos, e cada dia vai estar dando um conforto novo”, lamentou.
O inquérito foi concluído a partir da análise dos resultados de perícias feitas na casa, os depoimentos do pastor e de testemunhas, exames realizados nos corpos dos meninos e imagens gravadas após a morte das crianças.
Por-Noticias ao minuto
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