Diretor da CIA e Kim Jong-un se reuniram secretamente na Coreia do Norte

Foto de 2015 mostra o republicano Mike Pompeo (Foto: Saul Loeb / AFP Photo)
O ainda diretor da CIA e indicado para ser o próximo secretário de Estado dos Estados Unidos, Mike Pompeo, reuniu-se secretamente com o líder Kim Jong-un, na Coreia do Norte, segundo a imprensa americana.

A reunião, que aconteceu por volta de 1º de abril, é vista como uma preparação para o encontro do presidente americano, Donald Trump, com o líder norte-coreano, previsto para ocorrer entre maio e junho. A Casa Branca não comentou a informação.

A viagem de Pompeo à Coreia do Norte, que coincidiu com a Semana Santa, foi um esforço para estabelecer as bases para o diálogo dos líderes sobre assuntos delicados, como o programa de armas nucleares de Pyongyang, de acordo com duas fontes próximas à viagem citadas pelo jornal "The Washington Post".

A revelação do "Washington Post" foi feita poucas horas depois que o próprio Trump revelou que já tinha ocorrido uma reunião de alto nível entre os dois países, segundo a agência Efe.

"Começamos a falar com a Coreia do Norte diretamente, em níveis extremamente altos", afirmou Trump na presença do primeiro-ministro de Japão, Shinzo Abe, que realiza uma visita oficial aos Estados Unidos.

O presidente dos EUA, Donald Trump, recebe o primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, em Mar-a-Lago, em Palm Beach, na Flórida, na terça-feira (17) (Foto: Reuters/Kevin Lamarque)
Em março, Pompeo foi chamado por Trump para ser o novo secretário de Estado dos EUA, ficando na vaga que era ocupada por Rex Tillerson.

Essa manobra da Casa Branca fez muitos especialistas temerem pelo possível encontro entre os líderes dos EUA e Coreia do Norte, já que Pompeo é conhecido por ter personalidade muito mais bélica que Tillerson.

No entanto, durante sua audiência de confirmação perante o Senado, o ainda diretor da Agência Central de Inteligência (CIA) se mostrou muito mais comedido do que habitual ao ser perguntado sobre a relação com a Coreia do Norte. "Eu nunca defendi a mudança de regime. Não estou advogando pela mudança de regime", disse, ao ser questionado pelo senador democrata por Maryland, Ben Cardin.

Aproximação
Enviados sul-coreanos visitaram Washington em março para transmitir o convite de Kim para o encontro com o presidente americano. Trump, que trocou ameaças com Kim ao longo de 2017, surpreendeu o mundo concordando rapidamente em se encontrar com o líder norte-coreano para tratar da crise provocada pelo desenvolvimento norte-coreano de armas nucleares capazes de atingir os Estados Unidos.

Cinco lugares estão em estudo para celebrar a histórica reunião, mas ainda não foram divulgados.
Fonte: G1

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