PM denuncia: tortura, corrupção e tráfico em presídio de Goiás
© Aline Caetano-TJGO
Três funcionários, incluindo o então diretor do local, permitiam que os presos recebessem prostitutas, sacassem dinheiro em bancos, saíssem à noite, traficassem e até matassem
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O Ministério Público de Goiás, ofereceu na última sexta-feira (9) à Justiça, uma denúncia sobre a organização criminosa dentro do presídio de Anápolis, em Goiás. Encabeçada pelo diretor Fábio Santos, e com a participação do vigilante penitenciário Sóstenes R. Brasil Júnior e o supervisor de segurança Ednaldo Monteiro da Silva, assassinado em 2 de janeiro de 2018.
Juntos, ele permitiam que os presos recebessem prostitutas, sacassem dinheiro em bancos, saíssem à noite, traficasse e até matassem. A investigação foi publicada pelo site 'UOL' nesta quarta-feira (14).
Mas nem todos os presos recebiam regalias. Estes, obviamente após o pagamento de propina. Os detentos que não tinham condições financeiras eram espancados, mesmo sem motivo aparente.
"Tem que dobrar o cacete e a borracha no lombo desses presos tuuudo moço (sic).", diz uma mensagem de celular enviada na tarde de 23 de julho de 2017 pelo então diretor da unidade prisional, Fábio de Oliveira Santos, ao agente penitenciário Antônio Dias Ataídes Neto.
O diálogo que se segue é o seguinte:
"Moooooço".
E continua:
"Não tá em Goiânia, então pode bater com força".
"Mooooço... fala uma coisa."
"...Tem que rebentar o cara mesmo... mas... bala de borracha no lombo."
Em 21 de novembro de 2017, quatro meses depois de Fábio de Oliveira Santos ter enviado a mensagem em que ordena "bater com força" em presos, o MP-GO deflagrou a segunda etapa da Operação Regalia, que resultou na prisão de Monteiro, do ex-diretor e de outros agentes penitenciários acusados de participação no esquema de corrupção.
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