Morre Antônio Moreira, dono do restaurante Porto do Moreira

Foto: Andrea Farias/ Arquivo CORREIO
O empresário, que tinha 72 anos, sofreu um infarto fulminante em casa
Em mais uma demonstração de como atuar em grandes eventos, com controle de multidões, as forças de segurança estaduais garantiram a festa da virada sem registro de crimes graves contra a vida (homicídio, latrocínio ou lesão corporal dolosa). No último dia de evento (segunda-feira, 1°), quatro pessoas prestaram queixa de furtos na Central de Flagrantes da Polícia Civil .

Nos Portais de Abordagem, mais 64 objetos impróprios foram apreendidos. Nos cinco dias de festa a Polícia Militar contabilizou aproximadamente 550 facas, pedaços de madeira, estiletes, garrafas de vidro, entre outros materiais perfuro cortantes encontrados após revistas nos três acessos monitorados.

A Central de Flagrantes somou durante toda a festa 10 prisões em flagrante, em um dos casos se tratava de um criminoso com mandado de prisão em aberto. Computou ainda 101 furtos, três roubos, quatro lesões leves, seis desacatos e uma perda de documentos. O Corpo de Bombeiros Militar da Bahia, teve uma média de 10 atendimentos por noite. Na maioria casos de embriaguez envolvendo jovens.

Morreu na madrugada desta terça-feira (2) o empresário Antônio Moreira da Silva, um dos donos do restaurante Porto do Moreira. O empresário, que tinha 72 anos, sofreu um infarto fulminante em casa. Ainda não há informações sobre o sepultamento. O estabelecimento, que abre para almoço, não funcionou hoje.

Ao lado do irmão Francisco Moreira, Antônio geria o negócio fundado pelo pai há 79 anos. O restaurante com cara de boteco é um dos mais tradicionais do Largo Dois de Julho, no Centro de Salvador. Tradicional, estava na lista dos restaurantes preferidos do escritor Jorge Amado.
Nas redes sociais, frequentadores e amigos lamentaram o falecimento do empresário. "Moleque abusado,esculhambava com a gente.Mas só fazia isso com quem gostava.Vou sentir muito essa perda,o Dois de Julho ficando menor", escreveu Manoel Porto. "Filho Que noticia triste! Com Moreira vai-se um pouco da baianidade...", disse Antonio Menezes.

A história do Porto do Moreira teve início na Europa. O pai de Antônio e Francisco, José Moreira da Silva, aos 19 anos, era carpinteiro, até que foi convidado, em 1928, para trabalhar no Brasil. Não pensou duas vezes e desembarcou na Bahia no dia 8 de dezembro do mesmo ano. 

Trabalhando como restaurador, tinha uma rotina exaustiva, mas sempre almoçava em um restaurante ítalo-brasileiro. Foi aí que conheceu a italiana Maria Francesca, sua futura esposa. Após 10 anos no Brasil, já casado e com quase 30 anos, José cansou da carpintaria e abriu o restaurante.

A maioria dos pratos estão no cardápio há décadas e são conhecidos pela clientela fiel, que inclui o cantor Caetano Veloso. Dentre eles, galinha ao molho pardo, bacalhau com verduras e salada de camarão. Os preços variam de R$25 até R$70. O mais pedido da casa é a moqueca de carne, que leva camarão, ovo, pimentão e muito dendê. Para acompanhar, arroz, pirão e farofa d’água
(Fonte: Correio)

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