Após alta de quase 70%, Petrobras muda política de preços do gás
Botijão de gás de 13 kg (VEJA.com/Divulgação) |
A Petrobras anunciou hoje a revisão da política de preços do do GLP residencial, comercializado em botijões, o chamado gás de cozinha. O preço cairá 5% nas refinarias a partir desta sexta, 19.
Com isso, o preço médio sem tributos nas refinarias da Petrobras será de 23,16 reais por botijão de 13 quilos. Entre as mudanças na política de preços está a frequência dos ajustes, agora trimestral em vez de mensal.
“A Petrobras acredita que estes novos critérios permitirão manter o valor do GLP referenciado no mercado internacional, mas diluirão os efeitos de aumentos de preços tipicamente concentrados no fim de cada ano, dada a sazonalidade do produto”, conforme comunicado ao mercado, divulgado nesta quinta-feira, 18.
O anúncio vem após uma alta acumulada de quase 70% nos preços do GLP doméstico desde junho passado, quando a companhia alterou suas práticas para a precificação do produto visando justamente deixá-los mais alinhados ao mercado internacional.
A Petrobras reiterou que a lei brasileira garante liberdade de preços no mercado de combustíveis e derivados, de modo que as revisões podem ou não se refletir no preço final ao consumidor, a depender de repasses feitos especialmente por distribuidoras e revendedores. A referência continuará a ser o preço do butano e propano comercializado no mercado europeu acrescido de margem de 5%.
De acordo com a Petrobras, a nova metodologia continuará a ter como referência o preço do butano e propano comercializado no mercado europeu, acrescido de margem de 5%.
A Petrobras disse ainda que sua política mantém disposição do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) que reconhece como “de interesse da política energética nacional a prática de preços diferenciados para a comercialização do GLP de uso residencial”.
As principais mudanças envolvem reajustes trimestrais, ao invés de mensais, com vigência no dia 5 do início de cada trimestre, e apuração das cotações internacionais e do câmbio pela média dos doze meses anteriores, e não mais pela variação mensal.
Além disso, elevações de preços superiores a 10% terão que ser autorizadas pelo Grupo Executivo de Mercado e Preços da Petrobras, formado pelo presidente da companhia, Pedro Parente, e os diretores Financeiro e de Refino e Gás Natural.
Também será criado um mecanismo de compensação que permitirá comparar os preços praticados segundo a nova política e os preços que seriam praticados de acordo com a metodologia anterior, segundo a empresa.
Em 2018, no entanto, com as regras de transição, haverá uma redução imediata de 5% nos preços. Além disso, o período de referência para apuração das variações no mercado internacional e do câmbio irá crescer gradualmente até chegar aos 12 meses previstos na metodologia definitiva.
(Fonte: Veja.com)
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