Classe trabalhadora está 'reaprendendo a lutar', avalia Hamilton

Foto: Francis Juliano / Bahia Notícias

Pré-candidato à Presidência da República pelo Psol, Hamilton Assis, foi um dos participantes do protesto desta terça-feira (5) que fez uma avaliação sobre a participação – ou a falta dela – dos trabalhadores nas manifestações contra as reformas elaboradas pelo governo Michel Temer. “Nós achamos que a classe trabalhadora, após ter feito a tarefa extraordinária de ter elegido o primeiro presidente da República operário no Brasil, ela acreditou que isso fosse, por si só, capaz de alterar substancialmente não somente a correlação de forças políticas, mas sobretudo melhorar suas condições de vida. Evidentemente que o governo que antecedeu o governo petista acabou fazendo reformas que não tiveram a profundidade necessária para serem estruturantes de uma mudança mais profunda das condições de vida do nosso povo”, pontuou. Hamilton considera que as reformas são uma forma da elite “transferir” aos trabalhadores os problemas criados pela crise internacional  a crise internacional. “A reforma foi nesse sentido de assegurar o capital financeiro, garantir os lucros para as grandes empresas e preparar o estado para novas privatizações. A Previdência está nesse caminho”, observa. Quanto à baixa adesão, o psolista acredita que a classe trabalhadora está “reaprendendo a lutar novamente”.  “Então é um processo longo. Nós viemos da luta contra a ditadura militar, conseguimos efetivamente travar grandes batalhas que se consolidaram na Constituição de 1988, que foi considerada a Constituição Cidadã, que garantiu a maioria desses direitos que estão sendo retirados”. 

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