É necessário cortar direitos para haver empregos, diz presidente do TST

© Marcelo Camargo/Agência Brasil
O ministro Ives Gandra da Silva Martins Filho, presidente do TST (Tribunal Superior do Trabalho), afirmou que é preciso reduzir direitos para manter empregos.

 "Nunca vou conseguir combater desemprego só aumentando direito", afirmou.

Em entrevista a coluna Painel, da 'Folha de S. Paulo', Ives declarou que será mais fácil ser empregador a partir da Reforma Trabalhista.

"Quando você prestigia a negociação coletiva, em que posso contratar rapidamente e demitir sem tanta burocracia, o empregador que pensaria dez vezes em contratar mais um funcionário contrata dois, três. Isso está sendo feito em toda Europa", explica.

Ao ser perguntado sobre a situação do empregado, o ministro diz que as mudanças também serão benéficas.

"Fica mais fácil. Por exemplo, a regulamentação do trabalho intermitente. A pessoa não teria um emprego se fosse com jornada semanal. O garçom, por exemplo, vai trabalhar em fim de semana, determinadas horas. Eu te pago a jornada conforme a demanda que eu tiver. Quando eu precisar, eu te aviso. Com o trabalho intermitente, você consegue ajeitar a sua vida do jeito que quer. As novas modalidades permitem compaginar outras prioridades com uma fonte de renda laboral", justifica.

Sobre os direitos sociais, o presidente do TST diz que não conseguiria combater o desemprego aumentando direitos. "Vou ter que admitir que, para garantia de emprego, tenho que reduzir um pouquinho, flexibilizar um pouquinho os direitos sociais", diz.
(Informações: Noticias ao minuto)

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