Rocinha: tráfico eleva taxas pagas por moradores para financiar guerra
© Reuters Itens como botijão de gás e galões de água, entre outros, tiveram tarifas inflacionadas no último mês |
Acuados pelos confrontos entre traficantes, polícia e exército, os moradores na Rocinha, no Rio de Janeiro, ainda vêm lidando com mais um grande problema: o aumento praticado pelo tráfico no preço de diversos produtos e serviços. De acordo com o jornal O Globo, a quadrilha de Rogério Avelino da Silva, o Rogério 157, elevou tarifas há um mês com o objetivo de arrecadar dinheiro para a guerra que se mostrava iminente contra traficantes do bando de Antônio Francisco Lopes Bonfim, o Nem.
Os botijões de gás, com os quais o tráfico arrecada R$ 72 mil por semana, segundo informação da Polícia Civil à publicação, foi de R$ 70 a R$ 93. O galão de água subiu de R$ 15 para R$ 20.
Devido à interrupção na circulação pela favela de ônibus dos consórcios Intersul, Transcarioca e Santa Cruz, que justificaram a mudança nos itinerários para "garantir a integridade de passageiros e rodoviários", mototaxistas chegaram a cobrar R$ 15 por corridas feitas até então por R$ 3 - mototaxistas pagam R$ 150 por semana ao tráfico.
"Somos pobres e pagamos alguns dos preços mais caros do Rio. E ainda não podemos nem sair para trabalhar. Por conta dos tiros, não consigo sair da favela há uma semana", uma moradora lamentou a O Globo.
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