Maggi diz que nunca houve ação para agir de forma ilícita ou para obstruir Justiça

Foto: Marcelo Camargo / Agência Brasi
Alvo da Operação Malebolge, da Polícia Federal e do Ministério Público Federal, nesta quinta-feira (14), o ministro da Agricultura, Blairo Maggi, divulgou no fim da manhã nota na qual informa nunca ter agido ou autorizado ações ilícitas dentro do governo, ou para obstruir a Justiça. Maggi é investigado por supostas irregularidades, como o pagamento de propinas, obstrução da Justiça e favorecimento de empresas em contratos quando era governador de Mato Grosso (2003-2010). Senador licenciado pelo PP, ele está entre os citados em delação premiada do seu sucessor e também ex-governador, Silval Barbosa (PMDB). Este assumiu o cargo entre março e dezembro de 2010, com a renúncia de Maggi para se candidatar ao Senado, foi reeleito e governou o Estado entre 2011 e 2014. No fim de agosto, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, atribuiu ao ministro da Agricultura, "a função de liderança mais proeminente na organização criminosa" delatada por Barbosa. O ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal, abriu inquérito para investigar o ministro. "Nunca houve ação, minha ou por mim autorizada, para agir de forma ilícita dentro das ações de governo ou para obstruir a Justiça. Jamais vou aceitar qualquer ação para que haja 'mudanças de versões' em depoimentos de investigados. Tenho total interesse na apuração da verdade", relatou Maggi. O ministro ratificou, na nota, que não houve pagamentos feitos ou autorizados por ele, ao ex-secretário Eder Moraes (que seria operador do esquema), para acobertar qualquer ato, "conforme aponta de forma mentirosa o ex-governador Silval Barbosa em sua delação". O ministro da Agricultura, cuja residência foi alvo de busca e apreensão na manhã desta quinta, informou que "jamais" usou de meios ilícitos na vida pública ou nas suas empresas. "Sempre respeitei o papel constitucional das instituições e, como governador, pautei a relação harmônica entre os poderes sobre os pilares do respeito à coisa pública e àética institucional", relatou. "Por fim, ressalto que respeito o papel da Justiça no cumprimento do seu dever de investigação, mas deixo claro que usarei de todos os meios legais necessários para me defender e restabelecer a verdade dos fatos", concluiu. 
por Gustavo Porto | Estadão Conteúdo

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