Congresso deve concluir votação da nova meta fiscal na terça-feira
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O Congresso Nacional deverá
concluir na terça-feira (5) a votação do Projeto de Lei (PLN) 17/17, que
autoriza o governo a encerrar 2017 e 2018 com deficit fiscal de R$ 159 bilhões.
A sessão conjunta foi convocada para as 19 horas, no plenário Ulysses
Guimarães.
O texto-base foi aprovado na
madrugada de quinta-feira (31), mas devido à falta de quórum ficaram pendentes
dois destaques.
A emenda que estava em análise
quando caiu o quórum da Câmara dos Deputados é da senadora Ângela Portela
(PDT-RR). Ela pretende determinar a aplicação, no orçamento de 2018, de
recursos mínimos em saúde em total equivalente, no mínimo, ao apurado segundo a
Emenda Constitucional do Teto de Gastos (EC 95), acrescidos da taxa de
crescimento populacional estimada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE) para o próximo ano.
O outro destaque é para uma
emenda do deputado Bohn Gass (PT-RS) que visa garantir que, no orçamento de
2018, os recursos destinados à educação em 2017 sejam corrigidos pela inflação
acumulada no ano, acrescidos da taxa de crescimento populacional estimada pelo
IBGE.
Prazo do Orçamento
O governo tinha pressa em aprovar
o PLN 17/2017, porque queria enviar a proposta orçamentária (Lei Orçamentária
Anual) já com a meta revisada de R$ 159 bilhões. O projeto do novo Orçamento
chegou ao Congresso Nacional nesta quinta (31) com os valores defasados.
A meta anterior era de R$ 139
bilhões para este ano (LDO 2017) e de R$ 129 bilhões para 2018 (LDO
2018).Despesas obrigatórias
O governo alega que a revisão da
meta é necessária porque as despesas obrigatórias (aquelas determinadas pela
Constituição ou por lei) estão crescendo, enquanto as receitas estão em queda.
Desde 2016, os gastos obrigatórios estão acima da receita líquida da União.
Histórico
A última vez que o governo fechou
as contas com superavit primário foi em 2013. Naquele ano, o saldo primário
ficou positivo em R$ 75,3 bilhões. No ano passado, o deficit primário chegou a
R$ 159,5 bilhões.
O acúmulo de deficits primários
tem como principal consequência a elevação do endividamento público. A dívida
bruta do governo federal saltou de 49,3% do Produto Interno Bruto (PIB), em
2013, para 69,1% do PIB em junho, percentual que equivale a R$ 4,4 trilhões. A
dívida bruta é o conceito mais amplo sobre o endividamento do governo e inclui,
entre outras, as dívidas mobiliária e bancária, e as operações compromissadas
do Banco Central. Com informações da Agência Câmara Notícias.
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