Comunidade internacional condena Coreia do Norte por teste
© Reuters Pyongyang fez 1º teste com bomba de hidrogênio |
A Itália, Estados Unidos, China, Rússia,
Japão, Coreia do Sul, França, além da Organização do Tratado do Atlântico Norte
(Otan) e da União Europeia condenaram o novo teste nuclear com uma bomba de
hidrogênio realizado pela Coreia do Norte neste domingo (3). A comunidade
internacional repudiou a nova violação das diversas resoluções do Conselho de
Segurança das Organizações das Nações Unidas (ONU) e exigiram o fim dos
programas nuclear e balístico do país asiático.
O ministro das Relações
Exteriores, Angelino Alfano, chamou a atitude da Coreia do Norte de
"irresponsável" e condenou o novo teste dizendo que "é a mais
clara violação de muitas resoluções do Conselho de Segurança das Nações
Unidas". "A Itália expressa sua solidariedade com os países da região
pelas consequências do comportamento irresponsável de Pyongyang", diz a
nota do governo italiano.
O primeiro-ministro da Itália,
Paolo Gentiloni, entrou em contato por telefone com o presidente da França,
Emmanuel Macron, para comentar a situação, segundo fontes oficiais. Em nota, o
francês disse que "a comunidade internacional deve tratar esta nova
provocação com a maior firmeza, para que a Coreia do Norte volte
incondicionalmente ao caminho do diálogo e proceda ao desmantelamento completo,
verificável e irreversível de seu programa nuclear e balístico".
De acordo com a Casa Branca, o
presidente norte-americano, Donald Trump, telefonou para o primeiro-ministro
japonês, Shinzo Abe, para conversar sobre uma possível medida para
"maximizar a pressão sobre a Coreia do Norte". Na conversa, os dois líderes reafirmaram a
importância de uma estreita cooperação entre os Estados Unidos, a Coreia do Sul
e o Japão diante da "crescente ameaça dos norte-coreanos" e ainda destacaram
que medidas serão discutidas na Assembleia Geral da ONU.
No Twitter, Trump disse que as
palavras e ações da Coreia do Norte continuam sendo muito hostis e perigosas
para os Estados Unidos. O republicano ainda disse que o país se tornou uma
grande ameaça e um constrangimento para a China. Além disso, Trump convocou uma
reunião de emergência do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca para
tratar o teste da Coreia do Norte. Por sua vez, o secretário do Tesouro
norte-americano, Steven Mnuchin, anunciou que irá "preparar uma série de
sanções, que apresentarei ao presidente" para punir os
norte-coreanos.
"Aqueles que fazem negócios
com eles (Coreia do Norte) não poderão fazer negócios conosco. Trabalharemos
com nossos aliados. Trabalharemos com a China", indicou ele. Em nota, o
Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que "a Coreia do Norte
ignorou a oposição da comunidade internacional efetuando um novo teste nuclear.
O governo chinês expressa forte oposição e forte condenação".
"Nós recomendamos que a
Coreia do Norte olhe para o forte desejo expressado pela comunidade
internacional sobre a questão da desnuclearização, apoiada seriamente pelo
Conselho de Segurança da Onu, para evitar tomar as ações erradas que pioram a
situação", acrescentou.
Já o primeiro-ministro japonês,
Shinzo Abe, disse que o novo teste nuclear foi "uma ameaça de segurança
séria e imediata" que "aumenta ainda mais o perigo do regime" e
"compromete seriamente a paz e a segurança no país". Por sua vez, a Otan se disse preocupada com
as ações "desestabilizadoras de Pyongyang", porque representam uma
"ameaça para a segurança nacional e internacional".
"A Coreia do Norte cessa
imediatamente todas as atividades nucleares, balísticas, totalmente
verificáveis e irreversíveis existentes e retoma o diálogo com a comunidade
internacional", ressaltou Jens Stoltenberg, secretário-geral da Otan. A
União Europeia definiu o teste como uma "grave provocação" e
acrescentou que se trata de uma nova violação "direta e inaceitável"
das obrigações internacionais de Pyongyang.
"A mensagem da União
Europeia é clara: a República Popular Democrática da Coreia (RPDC) deve
abandonar os seus programas nucleares, de armas de destruição em massa e de
mísseis balísticos de forma completa, verificável e irreversível e pôr fim
imediatamente a todas as atividades relacionadas", afirmou em comunicado a
representante da União para Assuntos Exteriores, Federica Mogherini. O
Ministério das Relações Exteriores da Rússia pediu calma e que todos os
envolvidos mantenham o diálogo. Por sua vez, o presidente sul-coreano Moon
Jae-in, disse que Seul "nunca permitirá que a Coreia do Norte continue
avançando com suas tecnologias nucleares e de mísseis", segundo a agência
local "Yonhap". Com
informações da Ansa.
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