Programa partidário - PSDB Nacional | 17/08
© Marcelo Camargo/Agência Brasil |
Em agenda nesta sexta (18) com o
prefeito de São Paulo, João Doria, o presidente do PSDB, Tasso Jereissati,
disse não se arrepender do conteúdo da propaganda do partido, exibida na quinta
(17) na TV, e que a polêmica sobre a peça é "necessária"."Eu não
me arrependo de nada. Tenho responsabilidade total pelo programa", afirmou
Tasso, senador pelo Ceará, em Fortaleza.
O tucano disse ainda que a
população quer atualmente "ver posições diferentes": "Eu sou
presidente interino. Enquanto eu for presidente interino eu dou
orientação".
Sob o comando de Tasso, a legenda
produziu um vídeo de 10 minutos em que se refere ao atual modelo de governo
como "presidencialismo de cooptação".
REAÇÕES
O vídeo reacendeu a movimentação de
uma ala da legenda para que o senador Tasso Jereissati (CE) deixe o comando
partido.
Esse grupo pede que o senador Aécio
Neves (MG), afastado da presidência desde maio, reassuma o comando da sigla.
Três dos quatro ministros tucanos
divulgaram nota na noite de quinta criticando o programa.
Ministro tucano mais próximo do
presidente Michel Temer, Antonio Imbassahy (PSDB-BA), da Secretaria de Governo,
disse que o programa deixa a sigla em uma posição "extremamente ruim e
desconfortável".
Para ele, a sigla adotou
"atitudes autoritárias e desagregadoras" ao escolher a narrativa do
vídeo.
Já o chanceler Aloysio Nunes disse
que o programa é uma "crítica vulgar" e que deve ter levado o PT às
gargalhadas.
O ministro das Cidades, Bruno
Araújo, seguiu a mesma linha, ao afirmar que a peça é "injusta" com a
"história do partido", que teria optado por um caminho de
"recuperação do país".
As mensagens foram divulgadas
depois de uma conversa entre os ministros tucanos com Aécio. Um encontro entre
Aloysio e Imbassahy está previsto na agenda de Temer no início da tarde desta
sexta-feira (18).
Embora evite demonstrar
publicamente que apoia a reação dos ministros, o Palácio vem discutindo a
reação do vídeo com eles.
A ala que defende a volta do Aécio
entende que ele deveria reassumir rapidamente o comando do PSDB para escolher
um novo interino.
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