Para barrar nova denúncia, Temer deve pedir suspeição de Janot
© Marcos Correa/PR
Advogados do presidente da República apontarão fatos que consideram "heterodoxos" e que caracterizariam parcialidade por parte do procurador-geral
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Prevendo uma possível segunda
denúncia por parte da Procuradoria-Geral da República (PGR), dessa vez por
obstrução da Justiça, o presidente Michel Temer e seus advogados já preparam
uma estratégia para barrar o procurador-geral Rodrigo Janot: pedir a suspeição
dele.
O plano, no entanto, conforme a
jornalista Mônica Bergamo, da Folha de S. Paulo, pode ser suspenso se Janot der
sinais de que não agirá mais contra o presidente, até o fim do seu mandado à
frente do Ministério Público Federal, que termina no próximo mês.
Os últimos acontecimento, porém,
apontam para uma tendência contrária, já que, na semana passada, o
procurador-geral pediu a inclusão de Michel Temer e de dois de seus ministros,
Eliseu Padilha, da Casa Civil, e Moreira Franco, da Secretaria-Geral), em um antigo
inquérito, conhecido como "quadrilhão do PMDB", que investiga
integrantes do partido na Câmara dos Deputados.
Para alegar a suspeição de Janot,
a defesa de Temer apontará fatos que considera "heterodoxos" por
parte do procurador-geral e lista, principalmente, dois: o crédito dado pela
PGR à gravação apresentada pelo empresário Joesley Batista, de uma conversa com
o presidente, sem pedir que o material fosse periciado antes; e ter se reunido
com líderes do PSOL, antes da votação da denúncia contra Temer na Câmara,
respondendo a um questionário apresentado pelos deputados do partido.
Os advogados do peemedebista
afirmam que, como parte do processo, o procurador-geral não poderia falar com
os juízes – no caso, os deputados, que julgariam se a denúncia poderia seguir
no Supremo Tribunal Federal (STF).
(Fonte Noticias ao minuto)
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