Padre que 'recuperava a virgindade' é denunciado por mais três jovens
© Divulgação Os abusos, de acordo com as investigações, aconteciam dentro da casa paroquial e duravam de 1h a 1h30 |
Preso preventivamente na
quarta-feira (16), o padre Iran Rodrigo Souza de Oliveira, de 45 anos, suspeito
de abusar sexualmente de uma adolescente e uma jovem, foi denunciado por outras
três vítimas.
De acordo com as investigações, o
suspeito teria prometido "recuperar a virgindade" das vítimas. Iran
segue preso em Anicuns, em Goiás.
Segundo informações do G1, o
mandado contra o padre foi pedido após o relato de duas vítimas, que tinham 14
e 21 anos na época dos abusos, em 2014.
“Essas duas vítimas são de
Americano do Brasil. Mas nos foi informado que em 2005, em Anicus, ele teria
vendido a mesma promessa de purificação a uma mulher de 50 anos e, há dois ou
três meses, em Caiapônia (GO), ele teria agido da mesma forma, trocando
mensagens com uma criança de 11 anos”, disse o promotor Danni Sales Silvas.
Na denúncia, as vítimas
informaram que foram abordadas da mesma forma pelo padre.
“Quando as vítimas o procuravam
achando que tinham cometido algum pecado de cunho sexual, ele falava dessa
benção, tocando o corpo das mulheres, inclusive nas genitálias. Ele ainda
falava que era necessário enviar fotos nuas, de frente, de costas e com as
pernas abertas, para haver uma manutenção da santificação”, relatou o promotor.
Responsável pela paróquia de
Americano do Brasil, o bispo diocesano de São Luís de Montes Belos de Goiás
informou à TV Anhanguera que o pároco deve ficar afastado das atividades
durante as investigações, e que ele ainda não é culpado.
Os abusos, de acordo com as
investigações, aconteciam dentro da casa paroquial e duravam de 1h a 1h30.
“Uma delas chorou do início ao
fim do depoimento, perguntando se ela era culpada por aquilo. Ela chegou até a
pesquisar na internet se aquele tipo de benção, tocando as partes íntimas,
existia dentro da Igreja Católica”, contou o promotor.
O suspeito pode responder por
estupro, violação sexual mediante fraude e obter ou guardar mensagens
pornográficas envolvendo crianças.
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