Mais de 20 estados discutem em Salvador combate à sonegação fiscal
Fotos: Elói Corrêa/GOVBA
|
Representantes do poder público
de 23 estados brasileiros e do Distrito Federal estão reunidos, nesta
terça-feira (8), em Salvador, para trocar experiências no combate à sonegação
fiscal. Eles participam do primeiro seminário nacional de Comitês Interinstitucionais
de Recuperação de Ativos (Cira), na sede da Procuradoria Geral do Estado (PGE),
no Centro Administrativo da Bahia (CAB).
A ideia do evento é discutir
questões práticas e ações bem sucedidas aplicadas pelos estados, destinadas à
construção de um modelo nacional de atuação que proporcione a recuperação de
ativos e mais eficiência - gerando mais retorno -, para os cofres públicos.
Fotos: Elói Corrêa/GOVBA
|
Participam do comitê as
secretarias estaduais da Fazenda (Sefaz), da Administração (Saeb), da
Secretaria de Segurança Pública (SSP), além do Tribunal de Justiça (TJ),
Ministério Público e PGE. Na Bahia, somente entre 2014 e 2016, foram
recuperados R$ 180 milhões em créditos tributários, com ações integradas
desenvolvidas entre as instituições e órgãos envolvidos no Cira. Para isso,
ocorreram 163 ações penais e 12 grandes operações de combate à sonegação,
envolvendo servidores do fisco, policiais civis e promotores.
Para o presidente do Cira da
Bahia e secretário estadual da Fazenda, Manoel Vitório, a meta é continuar
trabalhando para coibir ainda mais a prática, com o propósito de garantir a
arrecadação e o equilíbrio fiscal na Bahia. “A sonegação cria um ambiente de
concorrência desleal, porque não é justo que algumas empresas paguem impostos e
outras não. Para uma situação mais equilibrada, e para que os agentes da
economia tenham uma maior previsibilidade, já tínhamos identificado que as
fronteiras da Sefaz são poucas e precisaríamos de outras parcerias, e o Cira
veio nessa busca. Porque esse é um problema de Estado, não apenas de uma
secretaria. E estamos obtendo muitos êxitos”.
Acreditando na troca de
experiências como base para a construção de práticas exitosas, o procurador
geral do Estado, Paulo Moreno, afirmou que o trabalho integrado é responsável
por trazer os bons resultados. “A ideia é tentar compartilhar os procedimentos
e as formas de atuação que possam fazer todos os estados entenderem o Cira, que
tem como propósito fazer ações ordenadas na luta contra os devedores
contumazes, com viés na área fiscal, cível, mas também criminal”.
Cira na Bahia
Atualmente, cinco varas do
Tribunal de Justiça, três da área da Fazenda pública e duas criminais passaram
a atuar exclusivamente com processos ligados à cobrança judicial do ICMS e ao
combate à sonegação fiscal. As 93 ações penais que estão tramitando são
consideradas prioritárias para o Cira, totalizando R$ 855 milhões em débitos
com o fisco.
Além disso, o Comitê tem
promovido a interiorização de suas ações com escritórios funcionando em
Salvador, Vitória da Conquista (sudoeste) e Feira de Santana (centro norte),
que trabalham como bases para a força-tarefa responsável pelos trabalhos de
investigação e acionamento judicial dos casos de sonegação e crimes contra a
ordem tributária.
Fonte: Ascom/GOVBA
Comentários