Governo propõe privatizar Casa da Moeda, Congonhas e usina da Cemig
© Reuters / Sergio Moraes Ainda será definida a forma como a Casa da Moeda será desestatizada |
Na lista de concessões aprovadas
pelo conselho do PPI (Programa de Parcerias em Investimentos) nesta
quarta-feira (23), o governo decidiu incluir a Casa da Moeda, o aeroporto de
Congonhas e somente uma das quatro usinas da estatal mineira Cemig. A forma
como a Casa da Moeda será desestatizada ainda será definida. Integrantes do
conselho do PPI afirmam que ainda serão feitos estudos para definir o modelo
mais interessante. Pode ser que seja vendida somente 51% e a União continue no
negócio.
No entanto, sem recursos no caixa
para cobrir os sucessivos prejuízos da Casa da Moeda, o mais provável é que a
União se retire completamente do controle.
Aeroporto mais lucrativo da
Infraero, Congonhas tem valor estimado de venda de R$ 4 bilhões somente em
outorgas.
As quatro usinas da Cemig que o
governo decidiu vender trariam R$ 11 bilhões.
Mas a estatal, depois de pressão
da bancada mineira, conseguiu abrir negociação para poder comprar três dessas
hidrelétricas com preferência, pagando R$ 9,7 bilhões.
Sem a venda dessas usinas, a
União não conseguirá cumprir a meta de deficit de R$ 159 bilhões neste ano.
A venda da Lotex, conhecida como
"raspadinha", foi confirmada e deve render R$ 2 bilhões, de acordo
com um novo modelo de negócio desenvolvido. Antes, a previsão era de cerca de
R$ 1 bilhão.
Dentre os projetos contemplados
pelo PPI até o final deste ano, estão rodovias BR 153 (GO/TO) e a BR 364 (RO/MT),
terminais portuários, 11 lotes de linhas de transmissão, rodadas de petróleo e
gás do pré-sal que totalizam R$ 44,5 bilhões em investimentos.
O valor total das outorgas ainda
não está definido porque muitas empresas e participações em estatais estão sendo
avaliadas. Com informações da Folhapress.
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