Gilmar Mendes defende novo modelo político: 'Atenuaríamos as crises'

© Ueslei Marcelino / Reuters
Presidente do TSE também falou sobre a importância de simplificar o sistema eleitoral
Gilmar Mendes, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) e presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), falou sofre a reforma política que está sendo analisada na Câmara e altera a Constituição, estabelecendo, entre outras mudanças, o fundo de financiamento público de campanhas eleitorais e o sistema distrital misto.
A maioria das mudanças podem começar a valer já a partir das próximas eleições.
“Eu tenho colocado em debate a questão do presidencialismo, com caráter mais ou menos imperial, que nós desenvolvemos. Talvez devêssemos caminhar para um semipresidencialismo, um sistema médio de parlamentarismo, em que as atividades de governança pudessem ser divididas com o primeiro-ministro. Imagino que, com isso, atenuaríamos as crises que estamos vivendo”, defendeu ele, em entrevista à rádio CBN.
Mendes criticou a proposta do “distritão”, sistema que elege os deputados e vereadores mais votados em cada estado ou município, independentemente dos partidos, e disse que seria importante criar uma cláusula de barreira para evitar a criação de novas legendas.
“O sistema proporcional já deu todos os frutos e já produziu todas as mazelas, com esse número excessivo de partidos. Hoje são 28 representados no Congresso, 35 partidos criados e tantos outros que aguardam autorização do TSE. Portanto, temos um sistema pluripartidário abusivo”, afirmou.
Ao se referir à criação do fundo de financiamento público de R$ 3,6 bilhões, o ministro levantou a questão de como será feita essa distribuição e disse acreditar que o ponto pode gerar futuros questionamentos nas instâncias judiciais.
(Informações: Noticias ao minuto)

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