Foragido na lista dos mais procurados do Norte e Nordeste do país é preso em Rio das Ostras, no RJ
Caio é investigado por pelo menos 25 homicídios e estava foragido (Foto: Cadu Alves/Inter TV) |
O traficante Caio Wellington
Cardoso dos Santos, de 26 anos, apontado pela Polícia Civil como o responsável
pelo massacre na Penitenciária de Alcaçuz, no Rio Grande do Norte em janeiro de
2017 foi preso na manhã desta sexta-feira (18) em Rio das Ostras, na Região dos
Lagos do Rio. O chefe da facção criminosa que teria iniciado a rebelião mais
violenta do Estado do RN, deixando 26 mortos, estava foragido e foi localizado
em um prédio no bairro Costa Azul. Uma mulher e um homem também foram presos em
flagrante por tráfico de drogas na ação.
Caio é um dos criminosos mais
procurados das regiões Norte e Noroeste do país por crimes como homicídio -
pelo menos 25 são investigados, roubo de carga e tráfico de drogas. De acordo
com a Polícia Civil, ele é "considerado o criminoso mais temido do
Amazonas".
A operação foi realizada em
conjunto entre a Força Nacional, a Delegacia Especializada em Armas Munições e
Explosivos (Desarme) e a Delegacia de Homicídios do Amazonas. Pelo menos 10
policiais participaram da ação registrada pelo repórter cinematográfico da
Inter TV, Cadu Alves. Não há informações sobre há quanto tempo ele estava
foragido da prisão.
"Já estávamos monitorando
essa quadrilha", afirmou Marcus Rezende, delegado comandante da operação.
Caio foi levado para a Cidade da
Polícia, no Rio de Janeiro, ainda na manhã desta sexta. Segundo informações
dadas pela Força Nacional no local da prisão, ele viajou de carro de Manaus
para a Região dos Lagos por medo de morrer, devido a uma briga entre facções
criminosas que atuam no Norte. Ainda de acordo com o órgão, a explicação foi
dada pelo próprio Caio no momento da abordagem.
Traficante foi encontrado em um prédio (Foto: Cadu Alves/Inter TV) |
Rebelião mais violenta do RN
deixou 26 mortos
Vinte e seis presos morreram na
rebelião da Penitenciária de Alcaçuz, a mais violenta da história do Rio Grande
do Norte. Quase todos foram decapitados. O motim durou cerca de 14 horas e foi
o terceiro caso de dezenas de mortes em penitenciárias no país em 2017. No
começo de janeiro ocorreram os massacres no Amazonas e Roraima.
Somando as mortes provocadas pelo
movimento dentro e fora do presídio, foram mais de 60. Corpos foram
esquartejados e carbonizados. na época, o Governo do Estado do RN afirmou que
identificou pelo menos seis líderes da rebelião.
(Fonte: G1)
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