Delação: dinheiro de propina para PSDB era escondido em parede falsa
© Fernando Frazão/Agência Brasil
Montante era pago ex-diretor da Dersa e seria usado para financiar campanhas políticas
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Dois movimentos do ex-presidente
Luiz Inácio Lula da Silva durante sua caravana estão procurando trepidação no
PT: seu encontro com o senador Renan Calheiros e um jantar, ocorrido na noite
desta quinta-feira (24), com Renata Campos, viúva do ex-governador Eduardo
Campos. Embora o jantar com Renata tenha um caráter particular -já que Lula era
amigo do casal- recentes articulações sinalizam para uma aproximação entre PT e
PSB de Pernambuco. Presença constante no Instituto Lula, o ex-prefeito Fernando
Haddad almoçou com Câmara há dez dias. Pelo acordo em gestação, o PT apoiaria a
reeleição do governador Paulo Câmara. Em troca, o PSB apoiaria o PT para o
Senado, acordo que é chamado de "abraço de afogados" por integrantes
da chamada esquerda petista. O partido apoiou a candidatura de Armando Monteiro
em 2014, mas as chances de reedição da aliança são mínimas depois que o
deputado votou em favor da reforma trabalhista. Admitindo a hipótese de
reaproximação, o ex-prefeito de Recife e deputado João Paulo afirma que
qualquer decisão depende uma análise mais profunda. Em primeiro lugar, está a
consolidação da aliança pela eleição de Lula.
A presidente do PT, senadora
Gleisi Hoffman (PR), minimiza o impacto político do jantar com Renata,
afirmando que esse foi um gesto de amizade. "Lula sempre teve uma boa
relação com o casal. Gosta muito deles. Não é sinalização nenhuma", disse
ela. Outro encontro com repercussão ruidosa aconteceu em Alagoas, na cidade de
Penedo, onde o senador Renan Calheiros (PMDB) recepcionou Lula às margens do
Rio São Francisco. No dia seguinte, Renan foi vaiado em uma homenagem a Lula. À
noite, senador e ex-presidente sentaram-se à mesa em um jantar oferecido pelo
ex-vice governador José Washington Neto. Gleisi também minimizou essa
fotografia, alegando que Lula não poderia impedir que o peemedebista subisse em
seu palanque. "Temos divergências. Ele apoiou o impeachment da presidente
Dilma. Mas, como diz o próprio presidnete Lula, Renan era presidente do Senado
e ajudou o seu governo [de Lula]. Não podemos levar essas coisas tão a ferro e
fogo." Em Sergipe, Lula convidou o governador Jackson Barreto (PMDB) para
atividades de campanha. A CUT abandonou a caranava de Lula no Estado. E Barreto
foi vaiado duas vezes. Com informações da Folhapress.
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