Congresso não conclui votação do projeto que revisa metas fiscais: Parte 2
O presidente do Congresso, senador Eunício Oliveira, encerrou a sessão pouco depois das 3h40 |
Para o líder do governo no
Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), o governo não foi derrotado com a não conclusão
da votação. "Foi uma derrota para o cansaço, porque 38 deputados não
conseguiram chegar. Faz parte do jogo. Foi uma obstrução legítima, não podemos
tirar o mérito da oposição, mas não é nada que crie qualquer problema para o
governo", disse. O senador explicou que caso os destaques sejam rejeitados
na próxima semana, o governo precisa apenas enviar uma correção da meta ao
Congresso Nacional.
Pouco antes do fim da sessão, o
líder do PSOL na Câmara, deputado Glauber Braga (RJ), disse que viraria a noite
se fosse preciso. "Essa história de suspender sessão para a turma tomar
café e, no dia seguinte, de manhã, estar aqui, coisa nenhuma. Vamos ficar aqui.
Não tem isso, não. Vamos ficar aqui no plenário da Câmara. Eu agora estou
disposto. Estou com mais energia do que no início da sessão para ficar aqui
agora", disse.
Sessão
A sessão que se prolongou
madrugada adentro começou pouco antes das 17h, com a análise de oito vetos
presidenciais que deveriam ser votados antes das novas metas fiscais. Antes da
aprovação do texto-base, a oposição já pedia a verificação de quórum, o que
atrasou paulatinamente a sessão.
“Assim que completar o quórum, eu
encerro”, disse Eunício Oliveira, deixando os oposicionistas indignados. “Quem
tem compromisso com o governo e com essa meta, que estivesse no plenário”,
reclamou a deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ).
Após a votação, o presidente do
Congresso disse que foi aprovada a meta fiscal. “Como não altera absolutamente
nada e o governo, pelo prazo, tem que encaminhar a meta antiga, nós encerramos
a sessão uma vez que votamos aqui todos os vetos pendentes. Votamos durante
onze horas ontem e onze horas e meia hoje quase vinte matérias nominais, com
obstrução, com questões de ordem apenas para correr tempo, e pelo jogo da
oposição", disse.
Na proposta enviada ao Congresso,
o governo está revendo as metas fiscais deste ano, que prevê um déficit
primário de R$ 139 bilhões; e a do ano que vem, cujo déficit previsto era de R$
129 bilhões. A proposta do governo prevê a revisão dos próximos dois anos para
um déficit primário de R$ 159 bilhões.
(Fonte: Agência Brasil)
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