Congresso não conclui votação do projeto que revisa metas fiscais
Por falta de quórum, o Congresso Nacional não concluiu a votação do projeto que revisa as metas fiscais de 2017 e 2018 |
Por falta de quórum, o Congresso
Nacional aprovou na madrugada de hoje (31) o texto-base, mas não concluiu a
votação do projeto que revisa as metas fiscais de 2017 e de 2018 para um
déficit de R$ 159 bilhões. O texto principal que previa alteração nos déficits
fiscais dos dois anos chegou a ser aprovado, mas como a sessão se prolongou
pela madrugada, o quórum mínimo necessário para prosseguimento da votação, que
analisava cinco destaques, não foi alcançado.
Com a derrota, o governo será
obrigado a enviar hoje o projeto de lei do Orçamento de 2018 com o déficit de
R$ 129 bilhões, menor do que as expectativas atualizadas pela equipe econômica.
Caso o projeto tivesse sido aprovado por completo, o Executivo estaria
autorizado a enviar a nova meta fiscal de acordo com o ajuste na Lei de
Diretrizes Orçamentárias.
Uma nova sessão do Congresso está
marcada para a próxima terça-feira (5), às 19h, para que os parlamentares
terminem de apreciar os últimos dois dos cinco destaques feitos ao texto.
Plenário com 219 deputados
Após permanecer por quase uma
hora aguardando os depudados para registro de presença no plenário, o
presidente do Congresso, senador Eunício Oliveira (PMDB-CE), encerrou a sessão
pouco depois das 3h40. No momento do encerramento, 219 deputados haviam
registrado presença no plenário, quando o quórum necessário para que a votação
continuasse era 257.
"Não há necessidade disso.
Estamos há mais de 50 minutos [esperando o quórum]. A meta fiscal está
aprovada. Nós derrubamos aqui quase todos os destaques que eu [conduzi]
democraticamente. Para não dizer que eu estava aqui esperando para votar, na
calada da noite, eu vou encerrar essa sessão. Estou com a consciência de dever
cumprido, não estou aqui para defender governo, nem tirar o direito da oposição
legítimo", disse o presidente do Congresso, senador Eunício Oliveira
(PMDB-CE).
Obstrução
Desde as 1h46, quando o
texto-base foi aprovado, os parlamentares começaram a analisar os destaques
sugerindo alterações em pontos específicos do texto. Três dos cinco destaques
foram rejeitados, mas no momento em que a quarta emenda seria votada, a
verificação de quórum foi novamente necessária.
A oposição pediu por diversas vezes
para que Eunício Oliveira encerrasse a votação, mas ele optou por manter a
sessão enquanto a base governista ainda tentava atingir o quórum. Ele chegou a
cogitar suspender a sessão e retomá-la logo pela manhã, mas a alternativa foi
considerada frágil regimentalmente. O líder do governo na Câmara, deputado
Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), fez diversas ligações a colegas aliados ao Planalto.
Aos poucos o quórum foi sendo preenchido, mas não no ritmo esperado pelo
governo.
(Fonte: Agência Brasil)
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