Com dificuldades no Congresso, Temer leva comitiva esvaziada para China
Com dificuldades para aprovar
medidas no Congresso Nacional, o presidente Michel Temer levará para a viagem à
China, na semana que vem, uma comitiva ministerial esvaziada.
O ministro Henrique Meirelles
(Fazenda), principal fiador da política econômica, e o ministro Moreira Franco
(Secretaria-Geral), responsável pelo pacote de concessões e privatizações, não
vão.
Na quinta-feira (24), o ministro
Eliseu Padilha (Casa Civil), que até então estava confirmado na viagem, também
decidiu permanecer em Brasília.
O peemedebista pediu que os três
fiquem no país para negociar a aprovação de medidas travadas no Congresso
Nacional, como o novo Refis, programa de refinanciamento de débitos, e a TLP,
nova taxa de juros do BNDES.
As duas iniciativas enfrentam
resistências na própria base governista, que tem pressionado o Palácio do
Planalto a recuar.
Além da questão econômica, há o
temor na equipe presidencial de que o procurador-geral da República, Rodrigo
Janot, apresente nova denúncia contra o peemedebista durante a viagem dele, o
que justifica a permanência do núcleo político para defendê-lo.
COMITIVA
Deverão viajar à China os
ministros Aloysio Nunes Ferreira (Relações Exteriores), Maurício Quintella
(Transportes), Blairo Maggi (Agricultura), Bezerra Filho (Minas e Energia),
Dyogo Oliveira (Planejamento) e Marcos Pereira (Indústria e Comércio).
Como tem sido praxe em seu
mandato, o peemedebista levará ainda uma comitiva parlamentar, que deve ser
formada nesta viagem pelos deputados federais Rogério Rosso (PSD-DF), Mauro
Pereira (PMDB-RS), Beto Mansur (PRB-SP) e Fábio Ramalho (PMDB-MG).
Na China, o presidente pretende
vender aos empresários orientais o novo pacote de concessões, anunciado no
início da semana, que envolve a Casa da Moeda, a Eletrobras e aeroportos
nacionais, entre eles Congonhas.Há a expectativa ainda de ser fechado um acordo
de cooperação entre a China Nuclear e a Eletronuclear para o projeto de Angra
3.
O presidente ficará sete dias na
China, onde fará visita oficial ao presidente Xi Jinping e participará do
encontro do Brics (grupo composto por Brasil, China, Rússia, Índia e África do Sul).
Em vídeo, divulgado nesta
sexta-feira (25) nas redes sociais, o peemedebista disse que, com as medidas
aprovadas nesta semana, o país ficou "mais leve, lógico e eficiente".
Para ele, o novo pacote de
privatizações fará com que o poder público funcione melhor para a população.
"O Estado vai receber
bilhões de reais para investir naquilo que realmente importa: saúde, segurança,
infraestrutura e educação", disse. Com informações da Folhapress.
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