CAE analisa redução do salário de parlamentares
© Lula Marques/Agência PT
Atualmente, o subsídio dos membros do Congresso Nacional é de R$ 33.763, valor 12,6 vezes superior ao rendimento médio do brasileiro, como destaca Lindbergh
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O salário dos senadores e deputados
federais poderá ser reduzido e fixado em R$ 26.723,13, que era o valor vigente
até dezembro de 2014. A proposta do senador Lindbergh Farias (PT-RJ), na forma
do Projeto de Decreto Legislativo (PDS) 129/2017, teve voto favorável do
relator Roberto Requião (PMDB-PR) e está pronta para votação na Comissão de
Assuntos Econômicos (CAE).
Atualmente, o subsídio dos
membros do Congresso Nacional é de R$ 33.763, valor 12,6 vezes superior ao
rendimento médio do brasileiro, como destaca Lindbergh. Ele aponta ainda as
demais vantagens à disposição dos parlamentares: apartamento funcional ou, alternativamente,
um auxílio moradia no valor de R$ 5.500 por mês; direito a um salário extra no
início e a outro no final do mandato, a título de verba indenizatória para
despesas com mudança; planos de saúde e odontológico vitalícios e sem limites
de gastos, extensivos aos familiares; carro oficial, com motorista e verba de
gasolina; cotas de passagem aérea ou reembolso de despesas com combustível de
aeronave própria; cotas para contratação de serviço de segurança privada e para
ressarcimento de gastos com alimentação e com Correios; e plano de
aposentadoria especial.
— Todos esses benefícios e
privilégios vão na contramão do arrocho e do sacrifício que esse Parlamento
quer impor à sociedade brasileira. Nesse contexto, como medida prioritária, os
parlamentares precisam começar cortando na própria carne, por meio da redução
dos próprios salários. Mais do que o impacto orçamentário e o simbolismo que
envolve a medida proposta, essa é uma questão de coerência — ressaltou
Lindbergh.
No entendimento do relator, o
projeto de Lindbergh é “revestido de profunda moralidade, de elevado sentido
ético e humano, de uma clara manifestação de solidariedade aos brasileiros,
especialmente aos brasileiros mais pobres, nesta conjuntura tão difícil da vida
nacional”. Roberto Requião ainda recomendou urgência na votação do projeto. Com
informações da Agência Senado.
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