Tribunal derruba decisão que barrava alta de PIS/Cofins sobre combustíveis
Desembargador restabelece as alíquotas previstas no decreto do governo e atende recurso da AGU |
Em uma vitória para o Palácio do
Planalto, o desembargador Hilton José Gomes de Queiroz, presidente do Tribunal
Regional Federal da 1ª Região (TRF-1) derrubou nesta quarta-feira, 26, a
liminar de um juiz de primeira instância que barrava o aumento das alíquotas de
PIS/Cofins sobre combustíveis, decretado pelo governo de Michel Temer na semana
passada.
A íntegra da decisão do
desembargador, que atendeu a um recurso da Advocacia-Geral da União (AGU)
contra a suspensão do reajuste, não havia sido divulgada até a publicação deste
texto.
A AGU recorreu na noite desta
terça, 25, da decisão do juiz federal substituto da 20ª Vara Federal do
Distrito Federal, Renato Borelli, que concedeu liminar suspendendo os efeitos
do decreto que elevou as alíquotas de PIS/Cofins cobradas na venda de
combustíveis.
Segundo a AGU, a suspensão da
elevação das alíquotas representava um prejuízo diário ao governo de R$ 78
milhões, impedindo o funcionamento das funções de governo. De acordo com a AGU,
sem o ingresso dessa receita no caixa da União, "vários programas do
governo federal estarão ameaçados de continuidade, entre os quais gastos do
Ministério da Saúde, de Segurança Pública, execução do Bolsa Família".
Em sua decisão, Borelli alegou
que a medida não obedeceu ao princípio da "noventena" e não poderia
ser adotada por decreto. A decisão de primeira instância foi encaminhada à
Agência Nacional de Petróleo (ANP) e pedia a suspensão imediata dos efeitos do
decreto.
Ao defender a necessidade do
aumento dos tributos, a AGU informou que o contingenciamento do Orçamento deste
ano, já bloqueado em R$ 39 bilhões, iria se aprofundar se o governo não optasse
pela majoração tributária, além de inviabilizar a prestação de serviços
essenciais à população.
Fonte: ESTADÃO.conteúdo
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