Esquema Bendine é 'semelhante' ao das empreiteiras, diz MPF
© Sergio Moraes / Reuters
Ex-presidente do BB e da Petrobras foi preso em regime temporário por cinco dias, inicialmente, por suspeita de recebimento de R$ 3 milhões em propinas da Odebrecht
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O Ministério Público Federal
avalia que o esquema supostamente adotado pelo ex-presidente do Banco do Brasil
e da Petrobrás Aldemir Bendine - preso nesta quinta-feira, 27, na Operação
Cobra, fase 42 da Lava Jato - é 'semelhante' ao usado pelas maiores empreiteiras
do País que formaram cartel de propinas na estatal petrolífera e se valeram de
contratos de consultoria fraudulentos para justificar pagamentos milionários a
políticos e ex-dirigentes da companhia.
Bendine foi preso em regime
temporário por cinco dias, inicialmente, por suspeita de recebimento de R$ 3
milhões em propinas da Odebrecht. Ele está recolhido em uma cela da
Superintendência da Polícia Federal em Curitiba, base da Lava Jato. A PF também
prendeu, por ordem do juiz federal Sérgio Moro, os irmãos publicitários Antonio
Carlos e André Gustavo Vieira Junior, apontados como profissionais
da lavagem de dinheiro e operadores financeiros de
Bendine.
Os investigadores suspeitam que
André Gustavo forjou contrato de consultoria da MP Marketing, Planejamento e
Sistema de Informação Ltda - supostamente de fachada e da qual ele é sócio -
com a Odebrecht para tentar justificar o recebimento dos R$ 3 milhões
que teriam sido destinados a Bendine.
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