CCJ do Senado aprova mudança na escolha de ministros do Supremo
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A Comissão de Constituição,
Justiça e Cidadania (CCJ) do Senado aprovou nesta quarta-feira, 5, uma proposta
que modifica o processo de escolha e o mandato dos ministros do Supremo Tribunal
Federal (STF). A PEC ainda precisa passar por dois turnos de votação no
plenário do Senado antes de seguir para a Câmara, porém não há prazo para que
isso ocorra.
Pelo texto aprovado nesta quarta
na CCJ, de autoria do senador Lasier Martins (PSD-RS), os ministros da Corte
ocupariam o cargo por até dez anos, sem possibilidade de recondução.
Atualmente, eles possuem cargo vitalício e se aposentam compulsoriamente ao
completar 75 anos, salvo casos de morte, impeachment ou se quiserem deixar o
cargo.
A proposta também sugere que uma
comissão formada por oito juristas indique, após 30 dias de vacância de um dos
membros do STF, uma lista tríplice ao presidente da República, que continua com
a prerrogativa da nomeação.
O grupo seria composto pelos
presidentes do STF, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), do Tribunal Superior
do Trabalho (TST), do Superior Tribunal Militar (STM), do Tribunal de Contas da
União (TCU) e do Conselho Federal da OAB, além do procurador-geral da República
(PGR) e do Defensor Público-Geral Federal.
Os indicados precisariam ter
acima de 35 anos e, como novo pré-requisito, a comprovação de no mínimo 15 de
atividade jurídica. O presidente da República teria 30 dias para aprovar um dos
três nomes e o escolhido seria sabatinado no Senado em até 30 dias.
A proposta prevê que, após 10
anos no STF, o ministro teria de entregar o cargo, podendo voltar à advocacia
depois de cumprir quarentena de dois anos. Caso queira ingressar na vida
política, o tempo de espera subiria para cinco anos.
Fica de fora dessa indicação
quem, nos quatro anos anteriores, exerceu mandato eletivo federal ou cargo de
procurador-geral da República, advogado-geral da União e ministro. (AE)
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