TSE rejeita mais uma questão preliminar; julgamento será retomado amanhã às 9h
O TSE
julga a ação em que o PSDB pede a cassação da chapa Dilma-Temer
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Os
ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) interromperam no início da tarde
de hoje (7) o julgamento da ação que pede a cassação da chapa Dilma-Temer,
vencedora das eleições presidenciais de 2014. A sessão será retomada amanhã
(8), às 9h.
O
tempo da sessão de hoje foi ocupado principalmente pela manifestação do relator
da ação, Herman Benjamin, sobre três questões preliminares interpostas pelas
defesas de Dilma Rousseff e de Michel Temer. Todas contestam a validade dos
depoimentos de executivos da Odebrecht ao TSE.
Dessas
três questões preliminares trazidas a plenário nesta quarta-feira, os ministros
rejeitaram uma, na qual os advogados de Dilma e Temer argumentava que trechos
dos depoimentos de alguns executivos ao TSE não poderiam servir como provas,
por terem sido vazados para a imprensa, tornando-se ilegais. A decisão pela
legalidade das provas foi unânime.
O
relator também rejeitou as outras duas preliminares, defendendo a validade dos
depoimentos e provas da empreiteira Odebrecht juntados ao processo . Na sessão
de amanhã, os outros seis ministros do TSE devem se manifestar sobre essas duas
questões pendentes. Somente em seguida, deve começar a ser discutido o mérito
da ação.
A
expectativa é que a sessão de amanhã dure o dia todo. O presidente do TSE,
ministro Gilmar Mendes, disse que vai conversar com a presidente do Supremo
Tribunal Federal (STF), Cármen Lúcia, sobre o cancelamento da sessão do STF de
amanhã para que os ministros permaneçam no julgamento da chapa Dilma-Temer. O
julgamento deve se estender até a sexta-feira (9) e, se necessário, também no
fim de semana.
Ação
Após
as eleições de 2014, o PSDB entrou com a ação pedindo a cassação da chapa
Dilma-Temer, e o TSE começou a julgar suspeitas de irregularidade nos repasses
a gráficas que prestaram serviços para a campanha eleitoral de Dilma e Temer.
Recentemente, Herman Benjamin decidiu incluir no processo o depoimento dos
delatores ligados à empreiteira Odebrecht, investigados na Operação Lavam Jato.
Os delatores relataram que fizeram repasses ilegais para a campanha
presidencial.
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