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Com a retomada do julgamento do
processo de cassação da chapa presidencial pelo Tribunal Superior Eleitoral
(TSE), nesta terça-feira (6), o presidente Michel Temer passará a seguir a
máxima de "a melhor forma de defesa é o ataque".
Caso o procurador-geral Rodrigo
Janot apresente a denúncia por corrupção passiva, obstrução judicial e
organização criminosa, como aposta o Palácio do Planalto, a estratégia será
questionar a validade jurídica de uma denúncia baseada em um "item"
que ainda não teve a perícia concluída pela Polícia Federal.
O "item" em questão
seria a gravação da conversa entre o peemedebista e o empresário Joesley
Batista, da JBS. O áudio é um dos principais motivos para a abertura do inquérito
apresentado por Janot, e foi aceito pelo relator da Lava Jato, o ministro do
STF Edson Fachin. A defesa de Temer afirma que a gravação teria sido editada e
que não tinha qualidade.
Temer também estaria, conforme
atesta a coluna Poder, da Folha de S. Paulo, negociando cargos com deputados do
chamado centrão (PP, PR, PTB e PSD) para manter-se na presidência. De acordo
com a lei brasileira, se a Procuradoria-Geral da República denunciar o
presidente por crime comum, será preciso que mais da metade da Câmara dos
Deputados (342 de 513) vote para que o STF analise o processo.
Outra estratégia seria usar a
base aliada para atacar o ministro Fachin, questionando uma possível ligação
dele com a JBS quando ainda não estava no quadro da STF. Há ainda a ameaça de
acelerar a votação do projeto de lei que endurece punições por abuso de
autoridade, inclusive de juízes e promotores. O texto polêmico é considerado
uma retaliação à Lava Jato, mas foi aprovado no Senado e aguardava pauta na
Câmara.
(Fonte: Noticias ao minuto
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