Ex-diretor da Defesa: bomba de Pyongyang afetará terra e ar
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Ex-diretor da iniciativa de
defesa estratégica do Departamento de Defesa dos EUA, Henry F. Cooper,
considera que a Coreia do Norte pode estar desenvolvendo uma bomba que
provocará estragos enormes, caso seja ativada.Em seu artigo para The Wall
Street Jornal, Cooper opina que autoridades da Coreia do Norte poderiam
desenvolver uma bomba nuclear capaz de detonar a mais de 60 quilômetros de
altura e provocar um ataque de pulso eletromagnético (EMP, sigla em inglês) de
graves consequências.
Apesar de a maioria dos testes de
Pyongyang ter sido considerada "fracassada", o ex-diretor pressupõe
que alguns deles não são tão inocentes como podem parecer. Por exemplo, um dos
que foram realizados em abril quando o míssil explodiu minutos depois de ser
lançado, Cooper acredita que se trata de uma explosão proposital, como parte de
um ensaio deste tipo de arsenal capaz de criar campos eletromagnéticos, apesar
de ninguém levar a sério as capacidades deste país.
O ex-funcionário do Departamento
de Estado dos EUA salienta que um EMP poderia causar estragos na superfície da
terra, no ar, e até mesmo no espaço, e relembra um incidente em 1962, em que os
Estados Unidos detonaram uma ogiva nuclear em grande altura, a 1.400
quilômetros do Havaí.
"Destruíram centenas de
faróis nas ruas de Honolulu, provocou picos de energia em aviões da área e
danificou pelo menos seis satélites", escreve Cooper.
Ele acrescenta que mesmo uma
ogiva nuclear levada a 30 quilômetros de altitude pode desligar a rede elétrica
do leste dos EUA, que alimenta a maioria da população e gera 75% da
eletricidade do país.
Finalmente, o autor adverte que
tal detonação produziria grandes efeitos eletromagnéticos e "danos
catastróficos" para os aparelhos eletrônicos ao longo de "centenas de
quilômetros sobre a superfície". (Sputnik)
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