Cármen Lúcia: "não há o que questionar quanto à palavra do presidente"
Foto:STF |
A ministra Cármen Lúcia,
presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), afirmou hoje (12) que não tomará
nenhuma providência a respeito da denúncia de espionagem de ministros da Corte,
uma vez que o Palácio do Planalto negou a informação. Reportagem publicada pela
revista Veja afirmou que membros da Agência Brasileira de Inteligência (Abin)
teriam monitorado o ministro do STF Edson Fachin, responsável por um inquérito
que investiga Temer. A escuta teria sido feita a pedido do presidente, segundo
a publicação.
No sábado, o ministro-chefe do
Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Sergio Etchegoyen, negou a
informação. “O presidente da República garantiu não ter ordenado qualquer
medida naquele sentido [monitorar ministros do Supremo]”, escreveu Cármen Lúcia
no comunicado desta segunda-feira. “Não há o que questionar quanto à palavra do
presidente da República”, acrescentou no texto, que segunda a assessoria do STF
é uma resposta a questionamentos da imprensa.
No sábado, após a publicação da
reportagem, Cármen Lúcia emitiu uma nota condenando com veemência as suspeitas
de monitoramento de ministros do STF. "O Supremo Tribunal Federal repudia,
com veemência, espreita espúria, inconstitucional e imoral contra qualquer
cidadão e, mais ainda, contra um de seus integrantes, mais ainda se voltada
para constranger a Justiça", escreveu ela na ocasião.
“A ministra presidente já
esclareceu na nota [de sábado] que qualquer irregularidade vinda de qualquer
órgão estatal, de qualquer dos poderes da República, de seus agentes ou da
Procuradoria-Geral da República contra qualquer cidadão brasileiro não será
tolerada, por contrariar a Constituição”, disse ela no comunicado divulgado
hoje. “Portanto, o tema está, por ora, esgotado”, arrematou a ministra.
(Fonte: Agência Brasil)
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