Prisões da Lava Jato dividem ministros do STF
Foto: STF/divulgação
A discussão sobre as prisões preventivas da Operação Lava Jato deve dividir o plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) e provocar um julgamento acirrado
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A discussão sobre as prisões
preventivas da Operação Lava Jato deve dividir o plenário do Supremo Tribunal
Federal (STF) e provocar um julgamento acirrado. Segundo o Estado apurou,
porém, o entendimento pela manutenção das detenções, defendida pelo relator dos
casos na Corte, ministro Edson Fachin, tem maior chance de prevalecer entre os
11 ministros.
Além do ministro Celso de Mello,
que votou nesta semana contra a revogação da prisão do ex-ministro José Dirceu
na Segunda Turma do Supremo, a presidente da Corte, Cármen Lúcia, e os
ministros Luís Roberto Barroso, Luiz Fux e Rosa Weber devem acompanhar o
relator.
Gilmar Mendes, Ricardo
Lewandowski e Dias Toffoli, favoráveis ao habeas corpus a Dirceu, devem ser
acompanhados por Marco Aurélio Mello. Fachin decidiu levar ao plenário a
análise do mérito do habeas corpus do ex-ministro Antonio Palocci após sofrer
sucessivas derrotas na Segunda Turma, formada por cinco ministros. A ideia de
estender a discussão aos demais surgiu para dar respaldo maior às decisões que
envolvem a Lava Jato.
Ouvidos reservadamente, porém,
ministros avaliam que será difícil fixar uma tese que valha para todos os
habeas corpus relativos à investigação. Isso porque o plenário vai julgar o
caso concreto sobre Palocci e, na esfera criminal, “cada caso é um caso”. Por
isso, fontes próximas a Fachin consideram que ele pode voltar a recorrer ao
plenário em futuras decisões importantes da Lava Jato.
(Fonte: Estadão Conteúdo)
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