MP-BA sugere ‘solução caseira’ a prefeituras para gastos com festas juninas por Francis Juliano
Foto: Reprodução / São João na
Bahia
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Próximo ao período de festas
juninas, o radar sobre os gastos das prefeituras fica mais vigilante. Com a
crise financeira, que parece não dar trégua, e a estiagem, que vai para mais um
ano de dificuldades, o dilema é: como fazer uma festa que agrade à maioria da
população e ao mesmo tempo não provoque uma quebradeira nas contas públicas.
Assim como em outros anos, em 2017 o Ministério Público do Estado (MP-BA)
promete atuar na fiscalização dos recursos. Nos próximos dez dias, o MP-BA deve
encaminhar recomendações às prefeituras, cobrando que elas não gastem mais do
que podem. A intenção, segundo o promotor Luciano Ghignone, não é acabar com os
festejos, mas realizá-los dentro do que se pode pagar. “O que se busca não é
coibir as festas, mas fazer com que elas ocorram dentro do razoável. Os
festejos de São João são tradicionais, tem um valor cultural, e o MP não quer
que isso seja desprezado. A questão é que eles venham acontecer e causem
prejuízo ao patrimônio público”, diz Ghignone ao Bahia Notícias. Para o
promotor, a receita pode sair de uma solução caseira. “Buscar uma programação
mais criativa, que abra mão de atrações mais caras, privilegiando atrações
locais, com gasto menor. Ou mesmo estabelecer parcerias externas que aliviem o
município de custear tudo”, argumenta. Municípios com decreto de emergência em
vigor devem redobrar a preocupação para que serviços essenciais, como os de
saúde e educação, não sejam prejudicados.
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