Sem condição de pagar funcionários, Correios ainda avaliam programas de demissão
Foto: Reprodução / Ilisp |
A demissão de servidores
concursados segue em pauta nos Correios, como informado pelo presidente da
estatal, Guilherme Campos, nesta quinta-feira (20). Ele afirmou que os Correios
não possuem mais condições de arcar com a sua atual folha de pagamento. Diante
disso, eles contrataram um estudo para calcular quantos servidores teriam que
ser demitidos para que o gasto com a folha pudesse ser ajustado. A crise, no
entanto, não é novidade. Em 2016, a estatal anunciou um Programa de Demissão
Incentivada (PDI), que tinha o propósito de atingir a meta de 8 mil servidores,
mas apenas 5,5 mil funcionários aderiram ao programa. "A economia com
esses 5,5 mil é de R$ 700 milhões anuais e essa marca alcançada com o PDI fica
aquém da necessidade da empresa. Precisamos ter outras ações para enxugamento
da máquina da empresa", acrescentou Campos. A declaração foi dada antes de
uma audiência pública na Comissão de Ciência e Tecnologia da Câmara dos
Deputados. O presidente destacou também que só nesse primeiro semestre de 2017,
o prejuízo da empresa foi estimado em R$ 400 milhões. Para o ministro de
Ciência e Tecnologia, Gilberto Kassab, os Correios precisam de um profundo
corte de gastos para evitar a privatização.
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