Gilmar Mendes defende que processos a cargo de Fachin sejam distribuídos no STF
Foto: Agência STF |
Para o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar
Mendes, a Corte precisa se pronunciar quanto à responsabilidade de coordenar os
76 inquéritos abertos, referente às delações da Odebrecht. O magistrado defende
que há uma série de situações relatadas que não possuem ligações com a Operação
Lava Jato e, portanto, não justifica que elas fiquem acumuladas a cargo do
ministro Edson Fachin. "A Odebrecht é só um dístico [rótulo] geral, o que
legitima a relatoria dele era o petrolão. À medida que há outros casos, o
Supremo terá de analisar se vão ficar com o atual relator", afirmou Mendes
em entrevista à agência Reuters. Antes da abertura dos inquéritos da
"delação do fim do mundo", quando o processo ainda estava sob a
relatoria de Teori Zavascki, o STF já havia decidido repassar o parecer de
casos que não tivessem relação com a operação para outros ministros da Corte.
Na ocasião, Mendes ainda avaliou como "problemática" a divulgação dos
vídeos dos delatores da empreiteira, mas reconheceu que o STF não tinha
alternativa, já que os vídeos acabariam vazando de forma "seletiva".
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