Defesas do PT e do PMDB devem pedir que TSE adie julgamento de cassação da chapa

Os advogados do PT e do PMDB devem apresentar nesta terça-feira (4) um pedido de adiamento do julgamento da cassação da chapa Dilma Rousseff e Michel Temer no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A intenção é fazer o pedido antes mesmo da apresentação do relatório do ministro Herman Benjamin, para tentar impedir o início da votação. De acordo com O Globo, as defesas vão alegar que não houve tempo suficiente para a contestação de todas as acusações apresentadas. Se os partidos apresentarem a questão de ordem, o pedido será submetido à votação pelo plenário da Corte, o que impediria a leitura do resumo das acusações contra a campanha eleita em 2014. Nesta segunda-feira (3), o advogado do PMDB, Gustavo Guedes, passou o dia no TSE fazendo um "corpo a corpo" com os ministros, alegando que houve cerceamento de defesa e desinteresse do relator em ouvir testemunhas, depois que ele resolveu incluir no processo os depoimentos de ex-executivos da Odebrecht. A defesa de Temer diz ainda que Benjamin deu celeridade ao processo sem querer ouvir o contraditório. Guedes lembrou também que a defesa de Dilma pediu a inclusão como testemunha dos presidentes dos partidos citados por dois executivos da empreiteira, mas Benjamin não aceitou. Da mesma maneira que também não acatou a inclusão dos publicitários João Santana e Mônica Moura. Se a questão de ordem não for aprovada pelo plenário, o pedido de adiamento deverá ser reforçado nas sustentações orais, depois do relatório de Benjamin. Por lei, os advogados têm 15 minutos cada para o momento, mas as defesas pediram ao presidente do tribunal, ministro Gilmar Mendes, tempo de 20 minutos. A questão ainda não está definida. A expectativa do governo é que, se a questão de ordem ou a sustentação oral não adiarem o julgamento, que algum pedido de vista o faça.

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