Manifestantes fazem 'trancaço' e fecham a entrada principal da USP

Parte dos professores, estudantes e funcionários da Universidade de São Paulo (USP) aderiu à paralisação desta quarta-feira (15) e promoveu um "trancaço" do Portão 1, a principal entrada da Cidade Universitária, na Zona Oeste de São Paulo. O grupo protesta contra a reforma da Previdência e adiciona a defesa da educação pública como reivindicação própria. O trânsito é intenso na Rua Alvarenga e na Ponte Cidade Universitária.
O grupo se reuniu às 6h no portão 1 da USP, na Praça Professor Reinaldo Porchat, próxima ao Metrô Butantã, para bloquear o acesso à universidade. Segundo o Diretório Central dos Estudantes da USP, a programação segue na Praça dos Ciclistas, na Avenida Paulista, com uma oficina de cartazes e faixas para o ato das 16h no MASP.
Manifestação na USP provoca trânsito intenso na Ponte Cidade Universitária (Foto: TV Globo/Reprodução)
O ato é uma resposta à aprovação da proposta que estipula um teto de gastos na universidade pelo Conselho Universitário, instância máxima de decisões na USP, no último dia 7. Estudantes dos cursos da Escola de Comunicações e Artes, da Faculdade de Ciências Farmacêuticas, da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo e da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas aderiram à paralisação.
Na ocasião, manifestantes bloquearam a entrada da Reitoria onde estava marcada a reunião. Para liberar o local, os policiais usaram bombas de efeito moral. Quatro pessoas foram detidas. De acordo com testemunhas, um estudante ficou ferido e foi levado para o Hospital Universitário. A Polícia Militar disse que reagiu depois que os manifestantes lançaram objetos contra policiais.
A proposta define limites de gastos com o pagamento de professores e funcionários, e impõe uma regra para aumentar a reserva patrimonial em cerca de R$ 2 bilhões. Segundo o reitor da instituição, Marco Antonio Zago, o objetivo da proposta, chamada de "parâmetros de sustentabilidade", é "garantir a volta permanente" do equilíbrio financeiro da universidade.
Professores, funcionários e estudantes, porém, acusam a Reitoria de impor a precarização das condições de trabalho e defendem que o equilíbrio financeiro seja buscado por meio da mudança do cálculo da arrecação de impostos destinada às universidades pelo governo estadual.
Fonte: http://g1.globo.com)

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