Camamu: Justiça aceita denúncia contra prefeita, alvo da operação Águia de Haia
Foto: Itacaré Notícias |
O Tribunal Regional Federal da 1ª
Região (TRF-1) recebeu denúncia oferecida contra a prefeita de Camamu, no baixo
sul da Bahia, Emiliana Assunção Santos, e outros sete envolvidos em fraudes e
desvio de recursos públicos, descobertos durante a Operação Águia de Haia. O
Ministério Público Federal (MPF) acusa os réus de fraudar licitação para
contratar serviços educacionais de tecnologia da informação, com
superfaturamento de contratos e desvio de recursos públicos do Fundo de
Manutenção da Educação Básica (Fundeb). Segundo a denúncia, Kells Bellarmino
era o chefe do núcleo empresarial da organização criminosa. Para transmitir uma
aparência de legalidade aos processos, a quadrilha utilizava empresas
vinculadas à organização que competiam pela licitação entre si, configurando
fraude na disputa. A contratação foi direcionada à empresa KBM – Kells
Belarmino Mendes – ME em dezembro de 2014. A prefeita Emiliana Santos teria
aderido ao esquema em troca de propina no valor de 30% do montante pago pela
prefeitura, orçado em mais de R$ 2,6 milhões. De acordo com a procuradora da
República Raquel Branquinho, ainda que as escolas participantes da licitação
tivessem recebido o serviço, o município teria um prejuízo de mais R$ 535 mil,
por conta do superfaturamento do contrato. O MPF diz que o custo das
contratações era desproporcional à realidade do município, e que as escolas não
possuíam sequer acesso à internet. A Procuradoria ainda disse que o grupo
aliciava prefeitos e servidores em troca de vantagens econômicas, além disso,
interferiam na logística necessária para atribuir um caráter legal dos produtos
e serviços vinculados às contratações falsas. As penas para os denunciados
podem chegar a 12 anos de detenção, além de multa. Prefeitos e servidores
públicos também podem ficar inabilitados de exercer cargo ou função pública
pelo prazo de cinco anos.
(Fonte: Bahia noticias)
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