Para aliados de Temer, permanência de Padilha na Casa Civil será 'muito difícil'
Foto: Pedro França / Agência Senado |
Depois de ter sido citado no depoimento espontâneo do
advogado José Yunes, o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, deve enfrentar
dificuldades para manter seu cargo no governo. Ao menos é isso o que acreditam
alguns aliados do presidente Michel Temer (PMDB), que avaliam a situação como
"muito difícil", segundo informações da Folha de São Paulo. Yunes,
que também é amigo e ex-assessor de Temer, afirmou à Procuradoria-Geral da
República (PGR), no último dia 14, que recebeu um "pacote", entregue
por Lúcio Bolonha Funaro, a pedido de Padilha (saiba mais aqui). Essa
declaração dá força à delação de Cláudio Melo Filho, que acusou Padilha de
orientar a entrega de parte de R$ 10 milhões a Yunes. O montante teria sido
negociado entre a Odebrecht e Temer para a eleição de 2014. Diante disso, a PGR
considera inevitável pedir ao Supremo Tribunal Federal (STF) a abertura de um
inquérito para investigar o ministro (saiba mais aqui). Esse pedido, de acordo
com a publicação, deve ocorrer logo no início de março. Pouco depois, nessa
quarta (22), Padilha pediu licença do cargo alegando motivos de saúde. Ele
viajou para Porto Alegre, onde deve realizar uma cirurgia para retirada de
próstata. Na carta de afastamento, o ministro anunciou seu retorno para o
próximo dia 6 de março, mas assessores presidenciais acreditam que a licença
será prolongada.
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