'Meus filhos, não!', gritou pedreiro antes de ser morto na frente da família em Águas Claras

Chão com marcas de sangue em local onde pedreiro foi morto, ontem, na Rua do Matadouro 
(Foto: Bruno Wendel/CORREIO)

Após levar tiro na porta de casa, pedreiro pediu para parentes serem poupados, correu e acabou executado em via pública

O pedreiro Rogério Souza da Silva, 41 anos, foi morto a tiros quando estava na porta de casa, junto com a mulher e os filhos, no bairro de Águas Claras, na noite desta quinta-feira (16).

Segundo testemunhas, homens armados chegaram em um carro, no bloco 12 de um condomínio de casas populares na Rua do Matadouro, por volta das 21h, perguntando por ele.

“Ele estava na porta de casa com a mulher e os dois filhos quando um carro chegou, um homem desceu e perguntou a ele: 'Você é Bira?'. Ele confirmou e perguntou se havia algum problema, se estava devendo alguma coisa. Nessa hora, o homem deu o primeiro tiro”, contou uma testemunha.

Ainda segundo o morador, ao ver a arma, Bira pediu para que a família fosse poupada. “Meus filhos, não!”, gritou, antes de correr já ferido pelo primeiro disparo. Rogério acabou morto com tiros nas costas, tórax e cabeça, em uma calçada a alguns metros de casa. Nenhum dos parentes ficou ferido.

Além do trabalho como pedreiro, Rogério ajudava a manter a família atuando como biscateiro. Segundo vizinhos, ele chegou a ficar preso, por tráfico de drogas. A polícia não confirmou a informação.

A autoria e motivação do crime serão investigadas pela Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). Até o final da manhã desta sexta, ninguém havia sido preso por suspeita de participar do crime.

(Fonte: Correio)