Líder da Minoria diz que semestre será pautado por luta contra reforma da Previdência

Luis Macedo / Câmara dos Deputados
Os partidos de oposição vão iniciar uma ampla campanha de mobilização da sociedade para impedir a aprovação da reforma da Previdência proposta pelo governo de Michel Temer. A afirmação é do líder da Minoria, deputado José Guimarães (PT-CE).
Segundo ele, o debate das mudanças previdenciárias deverá centralizar a pauta da Câmara dos Deputados no primeiro semestre e o mote da oposição será “nenhum direito a menos”.
Em entrevista à Agência Câmara, o parlamentar se queixou do excesso de medidas provisórias editadas pelo governo Temer e disse que a Casa deveria priorizar o debate da reforma política, que ele considera o mais importante para o País.
Ex-líder do governo Dilma Rousseff (2015-2016), Guimarães está no terceiro mandato na Câmara dos Deputados, sempre pelo PT, partido ao qual se filou em 1985. Às vésperas de completar 58 anos (nasceu no dia 13 de fevereiro), o deputado está à frente da liderança da Minoria desde dezembro.
Leia abaixo a entrevista concedida por José Guimarães:
Quais as prioridades legislativas para 2017?
Do ponto de vista da liderança da oposição, é o debate sobre as reformas. Para nós, a centralidade da disputa política é: nenhum direito a menos. Vamos abrir uma grande discussão nacional sobre a reforma da Previdência, inicialmente. A bancada de oposição vai trabalhar muito para mobilizar os movimentos sociais, as centrais sindicais, a fim de derrotarmos os pontos centrais que sustentam essa PEC da perversidade, que é a PEC da reforma da Previdência.

Como o senhor avalia a pauta encaminhada pelo governo ao Congresso?
Não se pode encaminhar a tramitação de matérias relevantes com urgência constitucional. Não pode ser assim. Há uma excessiva edição de medidas provisórias. Esse governo bateu todos os recordes, do FHC para cá. É todo dia uma medida provisória. Desse jeito, tira a autonomia, uma pauta própria do Congresso Nacional. O Legislativo não pode ser uma extensão do Executivo.

O que deveria ser prioritário agora?
Acho que a centralidade de uma pauta legislativa deveria ser da reforma política. Precisamos constituir um ambiente favorável a esse debate. Mais uma vez ele está sendo esquecido. Esse modelo [político] atual é o responsável por tantas coisas erradas que acontecem no País. A Câmara deveria assumir para si, com divergência ou não. O que não pode é ficar o ‘faz-de-conta’. Reforma política não é questão de governo: diz respeito à sociedade.

(Fonte Agência Câmara)

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