Greve covarde de policiais abriu caminho para 87 assassinatos, até agora
Os bandidos tomaram conta das ruas, no Espírito Santos, instaurando a anarquia. Só falta assumirem o poder. (Foto: Wilton Junior/AE) |
Os policiais militares capixabas continuam escondidos atrás de suas
mulheres, que os “impedem” de sair dos quartéis, em uma greve já
declarada ilegal que se configura como o mais escandaloso caso de
facilitação do crime que se tem notícia na História, e na mais grave
crise de autoridade que já se viu no Brasil.
No Espírito Santo, o Exército tem sido incapaz de conter a onda de
criminalidade, e a Força Nacional de Segurança voltou a dar razão aos
agentes e delegados da Polícia Federal que se referem a essa organização
como “farsa nacional”: apenas 200 policiais militares foram enviados ao
Estado.
A greve foi declarada ilegal, mas não se vêem, no Espírito Santo,
quaisquer iniciativas contra a ilegalidade, na Justiça estadual ou no
Ministério Público, que não os processa por associação criminosa,
tampouco os responsabiliza criminalmente pelos 87 assassinatos e
centenas de outros crimes graves, como assaltos a mão armada, agressões,
saques, invasões, estupros etc.
As negociações são feitas com as mulheres dos PMs e não com os
próprios policiais, que alegam serem impedidos de deixar os quartéis por
seus familiares, num caso evidente de cumplicidade criminosa. E ninguém
faz nada para remover essas pessoas dos quartéis, nem policiais, nem
Justiça, nem Ministério Público ou a Justiça. E a presença do Exército e
da Força Nacional nas ruas é meramente cenográfica.
Nesta terça-feira (7), a reunião entre mulheres de PMs, associações
dos militares e deputados estaduais e a Senadora Rose de Freitas, na
Assembleia Legislativa, terminou sem acordo e os protestos nas portas
dos batalhões continuam no estado. As manifestantes exigem um encontro
com o governo estadual, nesta quarta-feira (8), mas não há nada marcado,
e o governo tem dito que não negociará enquanto os familiares dos
policiais não deixarem as portas dos quartéis.
(Fonte: Diário do Poder)
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