Temer estabelece prazo de um ano para construção de 5 presídios federais
Plano é investir de R$ 40 mi a R$ 45 mi por unidade; presidente pede que construções sigam modelo do Espírito Santo (Foto: Beto Barata/PR) |
Em uma tentativa de abrandar a atual crise no sistema carcerário, o
presidente Michel Temer determinou ao ministro da Justiça, Alexandre de
Moraes, que a pasta conclua a construção de cinco presídios federais em
até um ano.
A implantação dos estabelecimentos prisionais está prevista no Plano
Nacional de Segurança Pública anunciado por Temer no último dia 5. De
acordo com o presidente, a ideia é investir entre 40 milhões a R$ 45
milhões por unidade, que deverão ser divididas nas cinco regiões do
País. Até o momento, apenas o Rio Grande do Sul teve a confirmação de
que será um dos Estados contemplados.
De acordo com auxiliares palacianos, para dar celeridade na construção dos presídios, Temer solicitou ao MJ que siga o modelo adotado pelo governo do Espírito Santo, em que as edificações são feitas por módulos. O governador do Estado, Paulo Hartung, conversou com Temer nos últimos dias sobre os benefícios desse tipo de construção. Na conversa foi lembrado que o levantamento de um presídio, de forma tradicional, pode levar até cinco anos. Ao agilizar a construção de novos centros de detenção, o Executivo também espera que os governos estaduais tomem providências no mesmo sentido.
Um encontro entre o presidente e os governadores dos 26 Estados e do
Distrito Federal está previsto para ocorrer nesta quarta-feira, 18, no
Palácio do Planalto. Na ocasião, os chefes dos executivos estaduais
deverão assinar os compromissos estabelecidos no Plano Nacional de
Segurança Pública.
O gesto é considerado apenas como político e simbólico uma vez que na
véspera, o ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, deve fechar o
texto final em reunião com os secretários de seguranças estaduais.
Entre as medidas que devem ser assinadas está um acordo de integração
entre o governo federal e os estaduais no sentido de facilitar a troca
de informações sobre a realidade prisional e criminal em cada uma das
localidades. Na análise de integrantes do governo envolvidos nas
discussões, a falta de dados é um dos principais complicadores para se
tirar do papel ações de médio e longo prazo na área de segurança.
Em razão disso, o Executivo espera, a partir da assinatura do
documento, começar a implementar os Núcleos de Inteligência Policial
(NIPO) que deverão ter a participação conjunta dos setores de
inteligência da Policias Federal, Rodoviária Federal, Civil e Militar e
do sistema penitenciário.
Encontros. A discussão sobre a atual crise do sistema penitenciário
também fez parte de encontro realizado entre o presidente Michel Temer e
o ex-ministro do Supremo Tribunal Federal Ayres Brito, neste domingo em
Brasília. Horas depois, o presidente se reuniu com Alexandre de Moraes
na manhã desta segunda, ocasião em que ele relatou a situação da
Penitenciária de Alcaçuz que na véspera foi palco de um novo massacre
que culminou na morte de 26 detentos. Apesar das críticas de vários
setores sobre a condução de Moraes à frente da pasta, segundo auxiliares
palacianos, o ministro tem contado com todo apoio de Temer, que tem
considerado sua gestão como “boa”. (AE)
(Informações: Diário do Poder)
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