Odebrecht teme atraso na homologação de delações e que relator interceda pelo governo
Executivos e defesa da Odebrecht estão preocupados com o que pode
acontecer depois da morte de Teori Zavascki.
O ministro do Supremo
Tribunal Federal (STF) era relator da Operação Lava Jato e responsável
pela homologação das delações acordadas com a força-tarefa da
investigação.
A empreiteira teme que haja atraso no cumprimento dos
acordos e que o novo relator, sendo um novo ministro indicado pelo
presidente Michel Temer (PMDB), interceda a favor do governo. O próprio
Temer, além de seus aliados, é citado nos depoimentos dos executivos.
De
acordo com a Folha, a tensão é que a homologação seja vetada. Neste
caso, o acordo de colaboração passa a não ter validade.
A Odebrecht
assinou as delações com a Procuradoria-Geral da República e a
força-tarefa da Lava Jato em Curitiba em dezembro, quando apresentou
cerca de 900 fatos criminosos envolvendo figuras como o ministro da Casa
Civil, Eliseu Padilha; o secretário de Parcerias de Investimentos,
Moreira Franco; os ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma
Rousseff; e os tucanos Geraldo Alckmin, José Serra e Aécio Neves, além
de Renan Calheiros (PMDB-AL) e Romero Jucá (PMDB-RR). Segundo a Folha, a
esperança dos delatores é que a ministra Cármen Lúcia, presidente da
Suprema Corte, use o artigo 68 do regimento interno para redistribuir o
processo em caráter excepcional.
Se seguir esse caminho, um ministro da
mesma segunda turma de Teori assumiria a relatoria da operação.
(Fonte: Bahia noticias)
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