Natal registra ataques a ônibus e delegacias após transferência de presos
© Foto: Divulgação Segundo a polícia, crimes têm relação com briga de facções
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De acordo com o Sindicato das Empresas de Transporte Urbano de Natal (Seturn) oito dos 11 incêndios aconteceram na garagem da empresa São Geraldo localizada às margens da rodovia BR-226, no bairro de Felipe Camarão, zona oeste de Natal. "Invadiram a portaria e colocaram fogos em todos os veículos que estavam na garagem", disse o consultor técnico do sindicato, Nilson Queiroga.
Outro veículo, dessa vez da linha urbana, havia sido dominado e incendiado no início da tarde.
Outros dois ônibus, no início da noite, também foram atacados enquanto aguardavam passageiros no terminal Vale Dourado, na zona norte da capital potiguar. "Não há condição nenhuma de seguir operando. Os crimes dão prejuízos e deixam os trabalhadores sem condições psicológicas de seguirem atuando", acrescentou Queiroga.
Segundo ele, as linhas corujões, que operam a partir de meia-noite, também terão o funcionamento suspenso. Para garantir a retomada do serviço nesta quinta-feira, 19, o sindicato pediu auxílio da Polícia Militar, para que haja vigilância nas garagens das empresas.
Em nota na noite desta quarta, a Secretaria de Trânsito e Transportes Urbanos (STTU) informou que, por causa dos ataques, autorizou táxis, transporte escolar e veículos credenciados a realizarem o serviço de lotação, "já que os veículos do sistema regular de transporte foram recolhidos às garagens". "Os serviços de lotação deverão cobrar o valor da passagem inteira, ou seja, R$ 2,90, e estão dispensados de cobrar meia passagem", declarou a administração municipal.
© Fornecido por Estadão Mulheres fizeram barricadas contra transferência de presos de Alcaçuz |
Mais cedo, o 1º Distrito Policial, localizado no centro, e o 14º DP em Felipe Camarão haviam sido alvos de disparos de criminosos não identificados. A polícia acredita que a sequência de ataques seja uma reação à transferência de integrantes do Sindicato do Crime (SDC) da Penitenciária de Alcaçuz para Parnamirim, ambas na Grande Natal. O SDC foi alvo de um ataque do PCC no sábado, 14, e reclamava a permanência na unidade prisional e mudança dos rivais do Primeiro Comando da Capital (PCC), o que não ocorreu.
Na frente de Alcaçuz na tarde desta quarta, familiares dos detentos ligados à facção potiguar prometiam ataques na cidade caso ele deixassem a cadeia em Nísia Floresta. No ano passado, o SDC foi apontado como o responsável por 108 ataques em 38 cidades, entre julho e agosto, em reação à instalação de um bloqueador de sinal de celular no presídio de Parnamirim.
(Fonte: Estadão.com)
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