Ministro defende que STF decida sucessor de Zavascki na Lava Jato imediatamente
Para o ministro Marco Aurélio Mello não deve haver momento de luto
antes de definir a situação com os processos da Lava Jato.
O magistrado
do Supremo Tribunal Federal defende que os processos da operação sejam
redistribuídos imediatamente.
Isso porque Mello acredita que a situação
não pode esperar a nomeação de um novo ministro para ocupar a vaga de
Teori Zavascki, morto em um acidente aéreo na tarde desta quinta-feira
(19).
"A regra revela que os processos aguardam a indicação do sucessor.
Mas há precedentes que exigem a redistribuição imediata da relatoria de
inquéritos e ações penais", disse o ministro à Folha de S. Paulo.
"Não
podemos aguardar que o presidente da República indique um novo ministro,
que ainda teria que ser sabatinado e aprovado pelo Senado.
Já tivemos
nomeações que demoraram quase um ano", completou Mello, acrescentando
que o substituto deve ser escolhido entre os ministros que integram a 2ª
Turma do Supremo, a qual Zavascki fazia parte.
Esses ministros são
Gilmar Mendes, Celso de Mello, Ricardo Lewandowski e Dias Toffoli. Nesse
caso, de acordo com Mello, a decisão caberá à presidente do Supremo,
ministra Cármen Lúcia. "Se eu fosse presidente, esta seria a
deliberação", ressaltou.
Na oportunidade, o ministro lamentou também a
morte do colega, que deixa três filhos. Zavascki morreu com XX anos.
"Ele preservava o bom humor e atuava com desassombro. Para ele, processo
não tinha capa, tinha conteúdo", elogiou.
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