Casa Branca volta atrás e diz que veto não atingirá portadores do 'green card'
Chefe de gabinete da Casa Branca, Reince Priebus (dir.), disse que veto para viajantes de países muçulmanos não atingirá portadores do green card (Foto: Reuters/Jonathan Ernst) |
efe de gabinete de Donald Trump afirmou neste domingo (29) que estrangeiros que tiverem autorização permanente de residência nos Estados Unidos não estarão inclusos no veto imposto pelo governo a imigrantes e viajantes de países de maioria muçulmana.
A restrição imposta na sexta-feira (27), válida por 90 dias, atinge pessoas nascidas no Iraque, Iêmen, Síria, Irã, Sudão, a Líbia e Somália.
Trump também suspendeu o programa de recepção de refugiados durante pelo menos 120 dias, enquanto as autoridades definem o futuro sistema de verificação de vistos.
No sábado (28), o Departamento de Segurança Doméstica tinha anunciado a restrição na entrada mesmo aos detentores do chamado "green card". Até então, os vistos permanentes concedidos pelos EUA, ou green cards, permitiam que imigrantes permanecessem no país sem as restrições de outros vistos. Os seus detentores podiam sair do país e voltar a ele sem que tivessem de renovar o documento. Eles só não podiam se ausentar dos EUA por mais de um ano ou por longos períodos sucessivos.
Regras imprecisas
No entanto, o chefe de gabinete, Reince Priebus, afirmou em entrevista ao canal NBC News que os agentes de fronteira terão autoridade para deter e questionar viajantes suspeitos vindos de certos países. Assim, a declaração que, em princípio, reverteria o anúncio do departamento de segurança parece aumentar a incerteza para os estrangeiros já que não se sabe como a ordem executiva será interpretada e aplicada nos próximos dias.
Ele também sugeriu que a ordem executiva poderia abranger mais do que os sete países atualmente incluídos na proibição. "Talvez outros países precisassem ser adicionados a uma ordem executiva no futuro”, afirmou.
Priebus disse que mesmo americanos podem ser alvo de questionamentos dos agentes de fronteira. "Eu acredito que, se você é um cidadão americano que está indo e voltando para a Líbia, é provável que seja submetido a mais questionamentos quando você entrar em um aeroporto", disse Priebus.
No sábado (28), um dia após o anúncio da medida, os aeroportos dos Estados Unidos registraram confusão e protestos de funcionários que tentavam interpretar as novas medidas. Entre 100 e 200 estrangeiros, alguns com autorização legal, tiveram a entrada nos Estados Unidos negada, segundo levantamento da União Americana pelas Liberdades Civis (ACLU, da sigla em inglês)
A juíza federal Ann Donnelly aceitou um pedido da ACLU para suspender as deportações de refugiados e imigrantes que estão ou chegarão aos Estados Unidos e que tenham vistos válidos.
(Fonte: G1.globo.com)
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