Renan nega apelo de Temer e Cármen Lúcia para não votar projeto de abuso de autoridade
Foto: Agência Senado |
O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), negou o pedido da
presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Cármen Lúcia,
para que não fosse votado o projeto que criminaliza o abuso de
autoridade de juízes e membros do Ministério Público. O "apelo
institucional" foi feito por intermédio do presidente Michel Temer
(PMDB), sob a justificativa de que poderia gerar grave crise entre os
Poderes com consequências imprevisíveis. "O senador Renan Calheiros e
alguns parlamentares, aos quais transmiti esse apelo, apresentaram
fortes argumentos para que a matéria não fosse retirada da pauta. Eu
tinha dito a eles que endossava totalmente as preocupações da presidente
Cármen Lúcia. Mas eles, em função de seus argumentos, mantiveram-se
irredutíveis", declarou o presidente ao Globo. Temer relatou que
respeitou a decisão, porque "não tem por hábito constranger ninguém" e,
por ser presidente da República, é "imperioso" que respeite as decisões e
independência dos outros Poderes.
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