Relator quer que Jean Wyllys fique quatro meses suspenso por cuspir em Bolsonaro

Foto: Zeca Ribeiro / Câmara dos Deputados
O deputado Ricardo Izar (PP-SP) quer que Jean Wyllys (PSOL-RJ) fique suspenso do seu mandato por quatro meses, em razão do cuspe que direcionou a Jair Bolsonaro (PSC-RJ) durante a votação da admissibilidade do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, em abril deste ano. Izar é relator do processo que tramita no Conselho de Ética e Decoro Parlamentar, movido pela Mesa Diretora da Casa, que pediu a suspensão de Wyllys por até seis meses. "Se fosse seguir estritamente o Regime Interno, a pena seria a perda de mandato ou a suspensão por seis meses, mas usei atenuantes. Levei em consideração o fato de que o ato não foi premeditado, além das constantes provocações que Jean Wyllys vem sofrendo aqui na Casa", justificou o progressista, que disse não poder ignorar o ato "reprovável" de quebra do decoro. A leitura do relatório deverá ser concluída na tarde desta quarta-feira (14), já que foi interrompida por causa da Ordem do Dia do plenário da Câmara. O deputado Júlio Delgado (PSB-MG) antecipou que pedirá vista do texto para analisá-lo e outros parlamentares consideram apresentar voto em separado, uma espécie de relatório alternativo. Jean Wyllys não compareceu à reunião, mas seu advogado, Cezar Brito, apresentou três vídeos com agressões verbais de Jair Bolsonaro ao socialista. O advogado alegou que o ato de Wyllys foi uma "defesa da honra" diante da "homofobia reiterada" de Bolsonaro. Britto acrescentou ainda que a denúncia contra o deputado do PSOL se baseou em falsa premissa de premeditação, já que Bolsonaro apresentou um vídeo sugerindo que Wyllys disse ao deputado Chico Alencar (PSOL-RJ) que iria cuspir em sua cara. Uma perícia feita pela Polícia Civil do Distrito Federal mostrou que, na realidade, Wyllys disse "Eu cuspi na cara do Bolsonaro, Chico".

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